Divine
Ground


[Coliseu: Arena da Provação] - Damian Ohara

Imagem A
Damian Ohara
Membro da prole de Jano
Idade
Ocupação
Nível
Imagem B
The Samurai's Chronicles
Não estou pronto
Son of Jano , Master of the Sword, The Greatest Samurai

Data e Tarefa:
Damian estava confortavelmente sentado num dos cantos da antessala da arena, com as pernas cruzadas na posição de lótus. Perante seu corpo, uma katana prateada, deitada em paralelo aos membros inferiores, enquanto o rapaz observava um de seus grandes amigos ao lado. Voltar para ação havia sido um clamor pessoal de Liam, com quem se aventurou várias vezes em combates diversos, todavia da última vez não terminou como esperado e a cria de Jano precisou ceifar uma vida, ao seu ver, desnecessariamente. Depois disso ele assumiu o fardo da paz, não mais lutando, manejando espadas ou mesmo se colocando em risco. Agora Stark retorna com uma missão digna da redenção que Ohara precisava, todavia tudo era diferente depois de tantos anos sem matar. Alek, filho de Psiquê, tentava acalmar o samurai mágico.

— Damian, sabemos que voltar a ativa não é fácil, todavia você está acostumado a isso desde sua infância. Deve ser como andar de bicicleta. — Afirmou Aleksander, escorado na parede ao seu lado, contudo de pé, diferente do samurai.

— Só que andar de bicicleta não termina com assassinato… Eu sei que esse projeto Hope faz todo sentido, eu admiro a coragem e dedicação de Liam por entregar tanto de si mesmo para salvar outros. O problema é que eu tenho uma engrenagem faltando desde que fiz um voto. Eu não penso mais como antes.

— Como você pensava antes? O que estava na sua cabeça quando precisava lutar?

— Naor me ensinou a ser uma arma, ou seja, tudo que eu tivesse em minha posse, inclusive minhas ideias e ações, precisavam culminar em vitória à todo custo. Qualquer missão que eu ingressasse eu estava disposto a aniquilar adversários, todavia eu notei que assim ele me manipulava. Eu sei que Liam não está fazendo isso, ele me deu uma escolha razoável, contudo eu somente não me sinto pronto. Eu desliguei aquele Damian faz anos… — Deu de ombros, pegando a espada e olhando seu próprio reflexo na prata bem polida de Jutsu. — Agora sou apenas um bom professor de matemática, faço uns projetos arquitetônicos…Amo uma mulher de forma simples, medito…Não sou mais aquele soldado de antes. Eu não me acho útil para missão do Liam.

Alek respirou fundo, sua experiência em não apenas sentir, mas cuidar da alma de outros era um trunfo para o filho de Psiquê. Ele se sentou, igualou sua altura ao seu amigo, que não estava percebendo que havia insegurança e traumas ali no fundo de seu peito. Ele tocou o ombro de Damian, que virou-se para encarar Durant com singeleza no olhar.

— Nem eu e nem o Liam queremos uma arma, ou mesmo um samurai capaz de fazer milagres com suas habilidades. Nós queremos nosso amigo de sempre nesta missão que estamos pagando um alto preço para salvar vidas. Queremos seu propósito genuíno e vamos entender seu tempo. No fundo, eu e você sabemos que você também quer, só não se sente seguro.

— Como pode ter tanta certeza? — Questionou Damian, ouvindo também o equipamento de som daquele lugar ecoar seu nome como o próximo a batalhar.

— Por que você está aqui com sua espada para lutar. Boa sorte, Damian. — Afirmou Alek, dando dois tapinhas em seu ombro e recebendo um sorriso confiante de Ohara.

O filho de Jano se ergueu, sacando a espada oriental do chão e galgando as escadas a sua frente, em direção à arena. O lugar estava, como todas as noites, abarrotado de gente, contudo o maior barulho vinha das emoções tortas de Damian. Por anos ele saiu de todo tipo de combate, permanecendo em treinamentos constantes para manter a forma física e também a mente alinhada, porém nunca mais pensou em precisar erguer sua espada para qualquer ser vivo. Quando ele e Liam lutaram pela última vez, lidaram com uma filha de Melinoe astuta e tenebrosa, a qual possuía mortais para ficar impune de descoberta e risco final, enquanto saqueava Denver.

Damian e Liam atacaram sem piedade, flechas e espada matando fantasmas e cães, até que uma senhora de cinquenta anos e olhos trêmulos atacou o arqueiro com uma adaga negra. Ohara viu quando a lâmina penetrou a barriga de sua dupla, bem como quando aquela senhora ergueu a mão para um novo ataque. O oriental não pensou duas vezes, avançou e cravou a espada profundamente no tórax da mortal, que caiu de lado, nos últimos suspiros. A possessão terminou momentos antes do golpe derradeiro e Damian se viu imerso em lágrimas, enquanto uma mulher qualquer também chorava por estar morrendo, declarando que não teria a chance de conhecer seu neto. Depois de tal trauma, Ohara não queria mais ser uma arma.

Damian ficou por tanto inerte que não percebeu um soco cruzado eu seu rosto até que veio a dor em sua mandíbula. A cria de Jano caiu no chão sem entender nada, com a vista borrada e cuspindo sangue, só então vendo um humanóide grande demais perante ele. Viu que o ser ameaçou chutá-lo, com isso reagiu defensivamente, rolando para trás e não recebendo o pontapé no estômago, levantando-se rápido e identificando que havia um lestrigão furioso para lidar.

— Adoro semideuses no jantar, mas o sabor dos chineses é horrível…— Desdenhou o monstro, lambendo os lábios.

—Não tenho costume de conversar com inimigos. E sou japonês… Não sabia que havia monstros xenofóbicos também.

Damian não permitiu que a criatura voltasse a falar qualquer coisa, avançando com sua espada, empunhando-a com as duas mãos, fazendo um corte diagonal de cima para baixo. O monstro tinha também um porrete de madeira, o qual usou para bloquear o rumo da espada, contudo Ohara avançou, girando o corpo e se projetando para ficar nas costas do monstro, o qual só percebeu a perícia do samurai quando suas costas arderam com o talho da prata lunar em sua derme.

— Bastardo! Vou acabar com você.

Ohara recuou alguns passos, queria usar a distância como sua aliada e com isso espalmou uma das mãos, fazendo uma energia escarlate cintilar em sua posse, formando uma espécie de energia que girava num eixo central, como uma molécula gigante. Atirou aquele vórtex temporal, o qual simplesmente consumia o espaço magicamente. Quando a projeção mística estava perto do lestrigão, usou sua habilidade incomum de Jano para duplicar o mesmo, com isso duas explosões empoderadas arrancaram nacos de pele e formaram buracos no monstro.

O ser urrou de dor, soltando o porrete e curvando-se no chão, puxando o solo com tanta força que um pedaço do mesmo se desprendeu, formando uma pequena cratera. O lestrigão agora tinha um volume enorme de rocha, o qual surpreendeu o filho de Jano, que disparou para se afastar, mas foi tarde demais. O monstro lançou aquele volume gigante de rocha, o qual interpôs o caminho de Damian e o feriu diretamente. Vários pedaços de pedregulho ficaram espalhados, bem como agora Ohara tinha um filete de sangue expressivo correndo pela lateral do seu rosto, bem como uma dor nas costas excruciante pelo dano recebido.

Damian ficou de pé rapidamente, sua valentia superou a dor e desejo corporal de parar, enquanto o lestrigão se aproximava e mirava um soco contra seu rosto. Ohara desviou, girando a espada e deixando um corte como lembrança na barriga da criatura. A besta humanoide levou a mão para tapar o corte aberto, foi quando o semideus mirou um movimento contra o pescoço do ser. Naquele instante, quando ele ativou seu foco absoluto, era como dobrar a própria probabilidade, o cenário parecia se curvar e ele fazia a mesma ação diversas vezes, podendo escolher qual dos destinos possíveis mais o agradava. Aquele no qual Jutsu, sua espada, abria um profundo talho no pescoço do monstro foi o melhor.

O lestrigão cambaleou para trás, engasgando no próprio sangue viscoso, enquanto Damian ia até o corpo estirado da criatura, esperando o golpe de misericórdia. O semideus ergueu a espada com as duas mãos, estava já com um dos pés sobre o peito do grandalhão e bastava descer para o transformar em poeira, contudo seu corpo travou completamente. Sua mão tremeu como nunca, sua mente parecia derreter com a ideia de matar, foi quando seu coração acelerou como nunca e ele entrou em pânico.

Arregalou os olhos delgados, dando dois passos para trás e sendo incapaz de segurar a espada em plena crise, como se ceifar a vida, mesmo de uma besta do Submundo, fosse inadmissível. O lestrigão, ergueu-se como pode, ainda golfando sangue, contudo percebeu a fraqueza da cria de Jano e lhe deu um novo murro do rosto. Damian caiu de lado e, antes que pudesse fazer qualquer coisa, recebeu um pontapé e ficou prostrado, ainda tentando controlar a respiração que se perdeu na crise em igual. Ele sabia que morreria naquele momento, por não ser capaz de terminar o que começou. Apenas aceitou a morte.

Fechou os olhos, todavia não veio um novo golpe, foi quando ele se atentou ao ambiente e ouviu um grito de Aleksander, seu amigo. Uma emanação astral foi lançada pela cria de Psiquê, que fez o lestrigão tremer, enquanto a equipe de assistência da arena chegou com tantas flechas douradas que restou apenas a poeira do grandalhão. Alek se ajoelhu, acolhendo Damian nos braços e pegando também a espada prateada do filho de Jano, que sem necessidade ofensiva, voltou a ser um cordão com uma chave antiga.

— Vem, Damian, estou com você. Vou te levar pra enfermaria.

— Eu não estou pronto, Alek, desculpe… Avise ao Liam, eu não estou pronto. — Declarou Ohara, chorando por sentir que falharia com seus amigos e missão.

— Esquece tudo isso, agora vamos focar na sua saúde.


Item:
poderes:
Damian Ohara

Imagem A : [Coliseu: Arena da Provação] - Damian Ohara 8Wmdkon
Ocupação : Desempregado
Idade : 25
   


Dados do Semideus
Atributos:
AtributosPontosPontos
ForçaForça
DestrezaDestreza
AgilidadeAgilidade• • •
ConstituiçãoConstituição• •
InteligênciaInteligência
CarismaCarisma
NaturezaNatureza
MagiaMagia• • • • •
EspiritualidadeEspiritualidade
Imagem A
Hebe
Deuses
Idade
Ocupação
Nível
Imagem B


Avaliação



Recompensa Máxima da tarefa: 7.000 XP
Recompensa Extra do Evento: 3.325 XP

Narratividade de Damian Ohara: 95/100
Recompensa Final: 9.975 XP e 6.650 Concórdios

Comentários



Caro samurai, devo dizer que sua narrativa me foi uma surpresa agradável.

Ao começar a leitura, gostei bastante de toda a contextualização e cenário que você deu para o seu personagem, fugindo do padrão esperado de um guerreiro e me dando um norte total do seu trauma. E isso foi genial, meus parabéns!

Enquanto via você indo para o combate, me perguntei como ele estava indo de forma tão fácil se ele tinha um trauma. Mas ai veio a conclusão da tarefa e o choque de realidade, e nossa, esse foi o clímax da narrativa, pois o que eu esperava acontecer antes, aconteceu em um momento que eu não esperava mas que fazia total sentido. Essa foi uma ótima sacada, filho de Jano!

Todavia, como você pode observar, houve um pequeno desconto de 5% e ele foi referente à organização da luta. Durante a leitura desta, que era o principal foco da tarefa, a forma que você organizou os movimentos não permitiu que eu conseguisse visualizar os golpes de forma assertiva. Você escreveu de forma dinâmica, tal como uma verdadeira luta e isso é bom. Mas na mesma medida foram muitas citações de golpes de uma única vez, o que me fez ficar parando para ver o que de fato estava acontecendo. Tente encontrar esse equilíbrio por meio de breves pausas, semideus. Você pode se direcionar tal como ao escrever uma MVP (movimentação, ataque e defesa) e poderia incluir também um pouco mais do emocional do seu personagem durante a batalha (isso é uma sugestão).

Sempre que trabalhamos com um personagem com grandes cargas emocionais, é sempre bom lembrarmos o impacto que esse emocional tem na vida do personagem. Para além de trabalhar no final (que foi ótimo), acredito que ele ter flashes durante o confronto seria legal também!

Ademais, meus parabéns filho de Jano!
Hebe

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