[TAREFAS: ARENA DA PROVAÇÃO] — Alexandros Salonikatsi
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[TAREFAS: ARENA DA PROVAÇÃO] — Alexandros Salonikatsi EM Dom Jun 30, 2024 10:17 pm
Μακάριος ἀνὴρ ὃς ὑπομένει πειρασμόν ὅτι δόκιμος γενόμενος, λήμψεται τὸν στέφανον τῆς ζωῆς | obsessões |
Para a maioria das pessoas, o porquê do prefeito ter dado esse cento e oitenta era um mistério desconcertante — ele por acaso tinha algum tipo de informação privilegiada que os cidadãos comuns não tiveram acesso? Essas teorias soavam-lhe besteira e, mesmo se assim fosse, Alexandros não era de se render pro desespero, mesmo nas situações mais críticas. No fim, esse era só mais um de tantos líderes ruins que estava cansado de ver — e havia algo de particularmente perverso, até fascista, em quão fácil poderiam mobilizar semideuses como moedas de guerra terceirizados.
Então por que fazer parte desse circo?
A verdade é que Alexandros tinha, em última análise, uma opção. Nos seus recentes anos em Divine Ground, no entanto, ele tem estado mais inquieto do que o normal. Se não preso em uma maldição secular, ou arriscando sua vida em uma guerra que não é sua, por que tão, inconscientemente pávido? Alexandros buscava uma movida em si, e quando ela não vinha, ao fim do dia, esperava, um pouco mais triste, pelo início do próximo. Se não era na paz, contemplação, e numa rotina regrada entre lazer e trabalho, onde é que ele encontraria a resposta pela qual procurava?
Anos de emprisionamento em literal guerra contra si renderam-no dessensibilizado. Fosse uma solução ingênua, mas Alexandros buscava uma fuga — ele não era um cozinheiro, mas se tornara. Não tinha mais pais, lastro, sobrenome, algo pelo que pudesse lutar por. Depois de todos esses anos, e é claro que uns trocados não lhe cairiam nada mal, ele poderia descobrir algo diferente sobre si; bem, não tinha nada a perder.
[...]
A presença multidão no estádio não lhe causava algum incômodo senão desconforto, ao associar como os cidadãos tem tanto tempo livre para serem uns imbecis, mas o barulho — que tampouco poderia ouvir — se fazia presente na comoção popular, sentindo um tipo de vibração que nunca tinha visto antes assim que passou pelos portões do coliseu ao centro do palco.
Imaginou que estavam falando de si, mas não podia ler a boca de ninguém, muito menos do mestre de cerimônias que deveria estar em alguma cabine daquele pardieiro — sim, com tanta terra batida que mais parecia areia, o coliseu não estava algo de receptivo; mas essa era a intenção, idiota.
Alexandros botou-se em alerta, circulando os olhos por cada uma das entradas da arena. De onde é que liberariam seu adversário? Não ajudava ter que se apoiar apenas na visão para evitar um ataque surpresa — nessas condições, até quando estava no exército, tinha em quem se apoiar para não abaixar a guarda.
Enquanto virava o seu corpo em sentido anti-horário, percebeu que um dos portões no alcance da sua visão periférica à direita se abria. Grades pesadas de ferro desacortinavam a própria ansiedade, e conhecendo a arma que trazia em campo, já se preparou para deixa-la a postos, revelando sua verdadeira forma. Não por acaso escolhera vir sem roupa da cintura para cima: o mesmo fez liberando um pouco de sua energia mágica, revelando um par de asas e halo de aspecto divino.
No meio das sombras uma criatura começou a correr depressa em sua direção. Não era possível enxergar bem, mas pelo tamanho e forma de locomoção em quatro patas deveria se tratar de um cão infernal. Até então girando a arma em tempo de metrônomo, o semideus deu mais corda para aumentar seu raio no ar, puxando dois passos para trás e remoinhando-a com mais vigor, então diagonal ao seu corpo, como se se colocasse em posição de falange.
Seria necessário permitir que o monstro se aproximasse um pouco mais antes de confrontar-lhe com um golpe, mas tinha consciência que, sentindo-se ameaçado, não seria simplesmente abrir suas asas como um pavão para fazê-lo recuar — muito provavelmente um ataque seria acompanhado de algum tipo de manobra aérea.
Tão quanto podia contar com a visão e um pouco da própria sorte, considerou uma região limítrofe em um raio de alguns metros a sua frente, da qual poderia ser o suficiente para retaliar uma investida com maior sucesso, e esperou. O cão avançava como antes, e Alexandros deduziu que não poderia tardar muito para tomar iniciativa: interrompeu a força centrífuga por um breve instante e a redirecionou em direção à criatura, saltando no ar só para dar de cara com os elos da corrente envelhecida — a extremidade pontiaguda, contudo, não lhe atingiu, mas o impacto ao longo da cabeça ao corpo, porém tangente à região dianteira, derrubou-o impiedoso. Até Alexandros poderia escutar aquele latido.
Isso não quer dizer que teve tempo de reavaliar o combate. Como estratégia de defesa, aproveitando-se que o sol não estava apino, a criatura parecia se mesclar à escuridão da arena, aparentemente dissipando forma física e girando em torno do semideus. Ainda mais veloz do que antes, Alexandros não fazia ideia de onde é que o monstro iria surgir, apenas que tinha razões para crer que não o fazia com intenções puramente defensivas, de retardar uma derrota, mas para vencer. Um pressentimento estranho lhe ocorreu instantes antes, fosse a visão periférica ou instinto semidivino, era tarde demais para responder, a criatura avançara por trás bem na sua perna, especificamente pela coxa esquerda.
O de Salônica caiu no chão. Sua arma, maior esperança, não seria de serventia por ser de longo alcance. No impulso de se ver livre dos avanços violentos, agora rumo ao seu pescoço, Alexandros respondeu a dor com um impulso da outra perna para fazer força fora do chão, antes que um possível ferimento inegociavelmente debilitante tomasse-lhe conta. Aproveitou para bater as asas depressa, entre empurrar e tentar enforcar a besta, que, movida pelos próprios instintos destrutivos, não iria parar até que fosse cancelada daquele plano de existência. Lançou-lhe uma cônica rajada de vento, só servindo para enfurecer-lhe ainda mais.
Alexandros então a empurrou, estavam a alguns metros longe da terra. Sua corrente, amarrada em seu pulso por um bracelete em forma de algemas, prevenia que se locomovesse com tanta liberdade. Enquanto o cão infernal caía, tomou algum tempo antes de mergulhar o voo, enquanto buscava puxar partes da corrente até alcançar uma extensão que fosse segura de se manusear. Um tum fez levantar a terra arenosa do espaço, o que lhe serviria para reagir — por quanto tempo já era detalhe. “Achei.”
Ainda sobrava metade da corrente do lado de cá de seu corpo, e não era estulto de errar um alvo imóvel. Assim que também desceu ao chão, o ctônico já estava de pé, em posição de defesa, pensando o próximo movimento, contudo, Alexandros chegou atacando, descendo-lha com os ganchos de ferro direcionados ao peito, descontando a própria raiva; cármico que fosse, a perna, ferida há pouco, fisgou bem no momento de pouso. Para não perder a pose, seguiu apoiado sobre a destra, mancando com apoio das asas.
Fosse a si mesmo antes de chegar nos tempos modernos, hesitaria por piedade. Parecia e agia como um cãozinho, mas não por acaso eram guardas do inferno, e se veio até ali não era para agir como um protagonista desmiolado de romance de cavalaria. Suas patas ainda protestavam, caído no chão, a dianteira em especial se movia como se preparasse um ataque aterrador. “Não, não, não.” — Alexandros se aproximou, e entre um passo e outro, apoiado pelo voo, desferia um ataque seguido de outro. Almejou a cabeça, então o corpo de novo, e o peito, e o peito de novo... — a forma poderia ser angelical, e talvez por isso quem visse aquela cena não encontrasse um resquício de humanidade.
A criatura se desfez em um último suspiro. Alexandros respirou fundo, aliviado, recobrando consciência. Já sentira aquilo, milhares e milhares de vezes, mas não era aquilo que procurava. Não ainda.
Retrocedeu sua arma e voou até perto do portão, de pé, recolhido, esperava que as câmeras captassem muito bem sua provocação.
Então sinalizou:
“Vão precisar de muito mais que isso.” — e bateu no próprio peito, com punho erguido em vitória.
- Tarefa:
- "É hora de se provar" — Seu personagem foi um dos voluntários nas batalhas da Arena da Provação. Talvez por precisar de dinheiro, ou apenas desejar a fama. Seja como for, durante uma das lutas, ele foi um dos competidores a enfrentar um monstro ou outro semideus diante da grande audiência. Sua tarefa, portanto, consiste em narrar como foi essa batalha. É possível levar apenas uma arma para o confronto realizado individualmente. A escolha adversária fica a critério do próprio jogador, podendo ser tanto um monstro quanto um semideus. O monstro fica à sua escolha dentre os disponíveis no bestiário do fórum (recomenda-se enfrentar algum que faça sentido para seu nível). Caso a escolha seja outro semideus, este deverá ser um NPC criado pelo jogador, podendo ser livre para escolher afiliação divina, gênero, nome e personalidade. Tratando-se de uma batalha autonarrada especial, não é preciso rolar dados. Ainda assim, os avaliadores ficarão atentos nas ações narradas, podendo descontar pontos por oponentes mal interpretados ou aproveitados (quando não atacam ou não se comportam de maneira adequada). Matar o monstro é uma obrigação. Se for um semideus, não; na menor possibilidade de morte, o juíz irá interferir a batalha. A arena do Coliseu é feita de chão de terra comum e não há nada no cenário que possa ajudar. Por fim, essa tarefa possui riscos: caso a narração da batalha seja fraca ou absurda demais, o avaliador pode punir o personagem com ferimentos maiores que os narrados.
Slots: Essa tarefa pode ser realizada apenas uma vez por cada um dos participantes do evento
Recompensas: 7.000xp e 7.000 concórdios.
- Armas e poderes:
- Nome do item: --- [Phrater]
Descrição: Uma corrente escura conectada ao pulso da mão dominante do invocador através um bracelete, com correspondência "gêmea" no pulso oposto, como se fossem grilhões rompidos de um dos lados. São ao todo quatro metros de elos idênticos, relativamente grossos e aparência de ruína, com uma lâmina de quatro cabeças, proporcionalmente menor aos elos, ao seu fim; efetivamente um gancho perfurante. Transforma-se em uma discreta pulseira — ou tornozeleira — também em forma de corrente, adaptável ao semideus. O nome é uma tradução de língua de sinais.
Material: ferro estígio
Efeito 1: não possui
Efeito 2: não possui
Estado do item: normal
Nível mínimo para manuseio: 1
Origem: item inicial
3. Rajada de Vento
Descrição: Manifestação básica de controle de ar, herdada por todo filho de Éter. Com ela, ele pode controlar o ar ao seu redor para criar uma rajada intensa de vento que causa dano elemental de impacto em seus oponentes. Para medir a chance de acerto desse poder, considera-se o atributo Natureza.
Nível 1: No primeiro nível, ao custo de 40 pontos de mana, ele pode emitir uma rajada de vento que causa 20 pontos de dano elemental com alcance de até oito metros a partir de seu corpo numa área de cone. Há um intervalo de dois turnos entre cada uso desse poder.
4. Amigo da Atmosfera
Descrição: Filhos de Éter possuem uma afinidade maior com a natureza no âmbito atmosférico, obviamente, por conta de seu pai. Para termos de jogo, essa afinidade é traduzida através de uma melhoria do atributo Natureza.
Nível 1: Nesse nível, o semideus recebe 20% de bônus no atributo natureza. A probabilidade de acerto dos ataques naturais aumenta em 5%.
13. Bênção Divina
Descrição: Guerreiros Celestiais é o ramo que melhor traduz o título de celestial de Éter, título este que é transferido a alguns de seus filhos que recebem a Bênção Divina. No momento em que esse poder é ativado, um halo divino surge ao redor do meio-sangue, indicando que sua transformação foi iniciada. Essa transformação, uma vez ativa, dura até o fim do tópico, ou até o semideus querer encerrar. Caso o faça, pode começar a evolução no turno seguinte, mas do início. Os estados Zeloso, Ascendido e Transcendido acumulam seus bônus. Além disso, nesses estados, o filho de Éter não pode ser curado por itens, ou encantamentos, no máximo por poderes de árvore de outros semideuses.
Nível 1: Pagando 40 pontos de mana, o semideus ganha 10 pontos de vida máxima que escalam com o bônus de vida para invocações do atributo Natureza. Pelo resto do tópico, ele será considerado Zeloso. Nesse estado, ele ganha um par de asas angelicais douradas e pode voar até vinte metros de altura sem problema, sendo capaz de se mover no ar como faria em terra.
Nível 2: No segundo nível, ao custo de 60 pontos de mana, o filho de Éter entra no estado Zeloso como no nível anterior e, depois de três turnos assim, ele passa a ser considerado Ascendido pelo resto do tópico. Enquanto Ascendido, os ataques armados do semideus passam a ganhar dez metros de alcance e a usar seus pontos de Natureza como se fossem Força para calcular o dano (ainda são considerados golpe de contato e não à longa distância). O dano desses ataques armados é convertido de físico para natural. Contudo, cada ataque armado consome 20 pontos de vida do semideus.
Nível 3: No terceiro nível, ao custo de 80 de mana, o filho de Éter inicia o mesmo ciclo: começa como Zeloso, três turnos após isso se torna Ascendido e aí, três turnos depois, finalmente se torna Transcendido. Enquanto Transcendido, seus ataques armados são calculados como antes e mantém o alcance, porém o dano deles é convertido para absoluto.
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Ocupação : Desempregado
Idade : 24
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