Divine
Ground


[TAREFAS: ARENA DA PROVAÇÃO] — Alexandros Salonikatsi

Imagem A
Alexandros Salonikatsi
Membro da prole de Éter
Idade
Ocupação
Nível
Imagem B


Μακάριος ἀνὴρ ὃς ὑπομένει πειρασμόν ὅτι δόκιμος γενόμενος, λήμψεται τὸν στέφανον τῆς ζωῆς
obsessões

Para a maioria das pessoas, o porquê do prefeito ter dado esse cento e oitenta era um mistério desconcertante — ele por acaso tinha algum tipo de informação privilegiada que os cidadãos comuns não tiveram acesso? Essas teorias soavam-lhe besteira e, mesmo se assim fosse, Alexandros não era de se render pro desespero, mesmo nas situações mais críticas. No fim, esse era só mais um de tantos líderes ruins que estava cansado de ver — e havia algo de particularmente perverso, até fascista, em quão fácil poderiam mobilizar semideuses como moedas de guerra terceirizados.

Então por que fazer parte desse circo?

A verdade é que Alexandros tinha, em última análise, uma opção. Nos seus recentes anos em Divine Ground, no entanto, ele tem estado mais inquieto do que o normal. Se não preso em uma maldição secular, ou arriscando sua vida em uma guerra que não é sua, por que tão, inconscientemente pávido? Alexandros buscava uma movida em si, e quando ela não vinha, ao fim do dia, esperava, um pouco mais triste, pelo início do próximo. Se não era na paz, contemplação, e numa rotina regrada entre lazer e trabalho, onde é que ele encontraria a resposta pela qual procurava?

Anos de emprisionamento em literal guerra contra si renderam-no dessensibilizado. Fosse uma solução ingênua, mas Alexandros buscava uma fuga — ele não era um cozinheiro, mas se tornara. Não tinha mais pais, lastro, sobrenome, algo pelo que pudesse lutar por. Depois de todos esses anos, e é claro que uns trocados não lhe cairiam nada mal, ele poderia descobrir algo diferente sobre si; bem, não tinha nada a perder.

[...]

A presença multidão no estádio não lhe causava algum incômodo senão desconforto, ao associar como os cidadãos tem tanto tempo livre para serem uns imbecis, mas o barulho — que tampouco poderia ouvir — se fazia presente na comoção popular, sentindo um tipo de vibração que nunca tinha visto antes assim que passou pelos portões do coliseu ao centro do palco.

Imaginou que estavam falando de si, mas não podia ler a boca de ninguém, muito menos do mestre de cerimônias que deveria estar em alguma cabine daquele pardieiro — sim, com tanta terra batida que mais parecia areia, o coliseu não estava algo de receptivo; mas essa era a intenção, idiota.

Alexandros botou-se em alerta, circulando os olhos por cada uma das entradas da arena. De onde é que liberariam seu adversário? Não ajudava ter que se apoiar apenas na visão para evitar um ataque surpresa — nessas condições, até quando estava no exército, tinha em quem se apoiar para não abaixar a guarda.

Enquanto virava o seu corpo em sentido anti-horário, percebeu que um dos portões no alcance da sua visão periférica à direita se abria. Grades pesadas de ferro desacortinavam a própria ansiedade, e conhecendo a arma que trazia em campo, já se preparou para deixa-la a postos, revelando sua verdadeira forma. Não por acaso escolhera vir sem roupa da cintura para cima: o mesmo fez liberando um pouco de sua energia mágica, revelando um par de asas e halo de aspecto divino.

No meio das sombras uma criatura começou a correr depressa em sua direção. Não era possível enxergar bem, mas pelo tamanho e forma de locomoção em quatro patas deveria se tratar de um cão infernal. Até então girando a arma em tempo de metrônomo, o semideus deu mais corda para aumentar seu raio no ar, puxando dois passos para trás e remoinhando-a com mais vigor, então diagonal ao seu corpo, como se se colocasse em posição de falange.

Seria necessário permitir que o monstro se aproximasse um pouco mais antes de confrontar-lhe com um golpe, mas tinha consciência que, sentindo-se ameaçado, não seria simplesmente abrir suas asas como um pavão para fazê-lo recuar — muito provavelmente um ataque seria acompanhado de algum tipo de manobra aérea.

Tão quanto podia contar com a visão e um pouco da própria sorte, considerou uma região limítrofe em um raio de alguns metros a sua frente, da qual poderia ser o suficiente para retaliar uma investida com maior sucesso, e esperou. O cão avançava como antes, e Alexandros deduziu que não poderia tardar muito para tomar iniciativa: interrompeu a força centrífuga por um breve instante e a redirecionou em direção à criatura, saltando no ar só para dar de cara com os elos da corrente envelhecida — a extremidade pontiaguda, contudo, não lhe atingiu, mas o impacto ao longo da cabeça ao corpo, porém tangente à região dianteira, derrubou-o impiedoso. Até Alexandros poderia escutar aquele latido.

Isso não quer dizer que teve tempo de reavaliar o combate. Como estratégia de defesa, aproveitando-se que o sol não estava apino, a criatura parecia se mesclar à escuridão da arena, aparentemente dissipando forma física e girando em torno do semideus. Ainda mais veloz do que antes, Alexandros não fazia ideia de onde é que o monstro iria surgir, apenas que tinha razões para crer que não o fazia com intenções puramente defensivas, de retardar uma derrota, mas para vencer. Um pressentimento estranho lhe ocorreu instantes antes, fosse a visão periférica ou instinto semidivino, era tarde demais para responder, a criatura avançara por trás bem na sua perna, especificamente pela coxa esquerda.

O de Salônica caiu no chão. Sua arma, maior esperança, não seria de serventia por ser de longo alcance. No impulso de se ver livre dos avanços violentos, agora rumo ao seu pescoço, Alexandros respondeu a dor com um impulso da outra perna para fazer força fora do chão, antes que um possível ferimento inegociavelmente debilitante tomasse-lhe conta. Aproveitou para bater as asas depressa, entre empurrar e tentar enforcar a besta, que, movida pelos próprios instintos destrutivos, não iria parar até que fosse cancelada daquele plano de existência. Lançou-lhe uma cônica rajada de vento, só servindo para enfurecer-lhe ainda mais.

Alexandros então a empurrou, estavam a alguns metros longe da terra. Sua corrente, amarrada em seu pulso por um bracelete em forma de algemas, prevenia que se locomovesse com tanta liberdade. Enquanto o cão infernal caía, tomou algum tempo antes de mergulhar o voo, enquanto buscava puxar partes da corrente até alcançar uma extensão que fosse segura de se manusear. Um tum fez levantar a terra arenosa do espaço, o que lhe serviria para reagir — por quanto tempo já era detalhe. “Achei.”

Ainda sobrava metade da corrente do lado de cá de seu corpo, e não era estulto de errar um alvo imóvel. Assim que também desceu ao chão, o ctônico já estava de pé, em posição de defesa, pensando o próximo movimento, contudo, Alexandros chegou atacando, descendo-lha com os ganchos de ferro direcionados ao peito, descontando a própria raiva; cármico que fosse, a perna, ferida há pouco, fisgou bem no momento de pouso. Para não perder a pose, seguiu apoiado sobre a destra, mancando com apoio das asas.

Fosse a si mesmo antes de chegar nos tempos modernos, hesitaria por piedade. Parecia e agia como um cãozinho, mas não por acaso eram guardas do inferno, e se veio até ali não era para agir como um protagonista desmiolado de romance de cavalaria. Suas patas ainda protestavam, caído no chão, a dianteira em especial se movia como se preparasse um ataque aterrador. “Não, não, não.” — Alexandros se aproximou, e entre um passo e outro, apoiado pelo voo,  desferia um ataque seguido de outro. Almejou a cabeça, então o corpo de novo, e o peito, e o peito de novo... — a forma poderia ser angelical, e talvez por isso quem visse aquela cena não encontrasse um resquício de humanidade.

A criatura se desfez em um último suspiro. Alexandros respirou fundo, aliviado, recobrando consciência. Já sentira aquilo, milhares e milhares de vezes, mas não era aquilo que procurava. Não ainda.

Retrocedeu sua arma e voou até perto do portão, de pé, recolhido, esperava que as câmeras captassem muito bem sua provocação.

Então sinalizou:

“Vão precisar de muito mais que isso.” — e bateu no próprio peito, com punho erguido em vitória.

Tarefa:
Armas e poderes:
(c)
Alexandros Salonikatsi

Imagem A : ὅτι δόκιμος γενόμενος, λήμψεται τὸν στέφανον τῆς ζωῆς
Ocupação : Desempregado
Idade : 24
   


Dados do Semideus
Atributos:
AtributosPontosPontos
ForçaForça• • • • •
DestrezaDestreza
AgilidadeAgilidade
ConstituiçãoConstituição• • •
InteligênciaInteligência
CarismaCarisma
NaturezaNatureza• • •
MagiaMagia
EspiritualidadeEspiritualidade


 
Últimos assuntos
Aumenta, diminui ou desliga
por Sinwol Ontem à(s) 6:54 pm

Loja de Itens
por Psiquê Ter Jul 02, 2024 9:39 pm

[Coliseu: Arena da Provação] - Akhylles Parker
por Afrodite Ter Jul 02, 2024 9:12 pm

Pedidos de Avaliação
por Maeveen Hennessy Dom Jun 30, 2024 11:12 pm

[COLISEU: ARENA DA PROVAÇÃO] — Lee Chae-Young
por Tânatos Dom Jun 30, 2024 11:04 pm

[TAREFAS: ARENA DA PROVAÇÃO] — Alexandros Salonikatsi
por Alexandros Salonikatsi Dom Jun 30, 2024 10:17 pm

[Coliseu: MvP] — Robert Greene
por Robert Greene Dom Jun 30, 2024 9:45 pm

[Coliseu: Arena da Provação] — Madeline Stark
por Madeline Stark Dom Jun 30, 2024 8:52 pm

[TAREFAS: ARENA DA PROVAÇÃO] — Lee Chae-Young
por Lee Chae-young Dom Jun 30, 2024 7:11 pm

[COLISEU: MVP] - KADMOS MCADAMS
por Kadmos McAdams Dom Jun 30, 2024 3:19 pm

templates (dev torture) - mavis
por Aspen Yin Qui Jun 27, 2024 8:04 pm

[Coliseu: Arena da Provação] - Alek Durant
por Orfeu Qui Jun 27, 2024 1:40 am

[Coliseu: Arena da Provação] — Dante Bianchini
por Orfeu Qua Jun 26, 2024 11:40 pm

[Coliseu: Arena da Provação] - Elena Hayden
por Elena Hayden Ter Jun 25, 2024 9:29 pm

[COLISEU: ARENA DA PROVAÇÃO] -JASON Q. HAYES
por Orfeu Ter Jun 25, 2024 8:09 pm

[Coliseu: MvP] — Maeveen Henessy
por Maeveen Hennessy Ter Jun 25, 2024 7:00 pm

[TAREFAS: ARENA DA PROVAÇÃO] - Hyunwoo Chae
por Orfeu Ter Jun 25, 2024 3:18 pm

Flood
por Nut Ter Jun 25, 2024 1:00 am

Atualizações da roleta de aptidão
por Robert Greene Seg Jun 24, 2024 6:34 pm

Roleta de Aptidão
por O Panteão Seg Jun 24, 2024 6:34 pm