Divine
Ground


[Coliseu: Arena da Provação] - Alek Durant

Imagem A
Alek Durant
Membro da prole de Psiquê
Idade
Ocupação
Nível
Imagem B
The Soul's Chronicles
Paradigma
The Manager, Emotional Damager and Son of Psyche

Tarefa e Data:

Lutar nunca foi a minha praia por alguns motivos. Eu sempre fui adepto à diplomacia, até nos casos mais simples, virando-me muito melhor com palavras e emoções do que porrada franca. Ainda bem que tenho amigos que gostavam de uma confusão quando a coisa ficava feia.  Outro motivo era o simples fator risco de morte em ficar me envolvendo em missões com monstros e essas coisas. Quando fiquei um tempo fora de Divine Ground estudando eu era perito em fugir e ocultar meu odor semidivino, dava super certo, só que o querido prefeito da cidade veio com algumas ideias tortas e fiquei sem opção alguma.

Eu sempre fui muito crítico ao estereótipo ultrapassado do herói combatente, como se Héracles ou Odisseu fossem os grandes patamares onde devemos estar, sermos capazes de arrancar a cabeça do minotauro com as mãos ou sobreviver ao fogo de um vulcão. Qual foi? Faz milênios que a própria Grécia entendeu que o grande “herói” moderno era o capaz de fazer valer as influências e poderes das “polis”, estamos falando de filosofia, ciência e política, não mais trogloditas que matam por esporte. Ainda sim, nos últimos meses tem sido essa a caminhada de Divine Ground.

Claro que o risco que corríamos era real, contudo estávamos numa cidade murada e bem protegida, com um pequeno exército contido e que alguns tinham sua vocação militar aflorada, mas não todos. Posso contribuir em muitas coisas para o diálogo interno, sem contar que simplesmente aumentar a rotina de treinamentos só abria precedentes para as frequentes críticas de que algo estava rolando e nós desconhecíamos. Independente de estar certo ou não, mesmo estando em algumas manifestações pacíficas sobre esse assunto, Pyotr se mostrou irredutível e teríamos de dançar conforme a música.

A Arena da Provação era o cúmulo da exposição ridícula para ganhos exagerados de status e também publicidade. Será que ninguém entendeu que isso tudo foi uma estratégia de mídia e campanha? Todas as noites a cidade parava para se acomodar num coliseu abarrotado de meio-sangues, assistindo confrontos arriscados e que uma grana preta era investida. Os rumores de clubes de apostas clandestinos e outros tipos de consequências percorriam as ruas, contudo o holofote estava na apresentação formidável dos grandes lutadores da época.

Eu queria distância disso tudo, para ser sincero, permaneci fora daquele meio nos primeiros dias, todavia eu tive uma causa humanitária para lidar. Depois de acompanhar Damian em sua batalha pessoal contra um lestrigão, a qual ele venceu claramente, mas depois acabou esbarrando num trauma psicológico, notei que eu tinha que dar força a ele. O oriental era um soldado excelente, sempre com ótimos truques e capaz de dobrar a realidade perante nossos olhos, mas sua luta contra o grandalhão canibal foi apenas uma demonstração de maestria no uso de sua espada. Ele estava limitado, havia um pacto que ele rompeu para ajudar tanto a mim quanto Liam na caçada de criminosos terríveis, só que tudo tem um preço.

Depois de não ter vencido sua luta como esperava, eu dei minha palavra que todos estávamos completamente envolvidos na empreitada da Hope, nome que demos para aquela busca pela organização criminosa traficante de crianças, só que Ohara me quebrou com uma pergunta. “ O quanto você está sacrificando por isso tudo?”. Ele disse isso num momento de estresse, ferido, o próprio pediu desculpas quando externou aquele pensamento num rompante de insatisfação, porém era uma fala totalmente acertada. Stark me pediu para garantir que Damian entraria na nossa missão e, com todas minhas habilidades sociais e empáticas eu consegui, só que eu mesmo estava esquecendo de até onde eu iria por toda aquela loucura. Só havia um jeito de descobrir.

Foi bem estranho sentir o peso de meu escudo, Predict, pendendo em meu braço canhoto, enquanto uma criatura perigosa rodopiava ao meu redor. O grifo estava realmente agitado, talvez com fome e piava loucamente, enquanto suas clássicas asas áquilas batiam com voracidade para manter seu corpo pesado no ar. O misto entre besta terrestre e predador aéreo era intrigante, uma verdadeira máquina para destruir e aniquilar qualquer ameaça e eu era seu alvo. Que ótimo.

Não seria necessário dizer que eu estava com muito medo, qualquer um que olhasse com atenção veria minhas pernas trêmulas, sudorese excessiva e talvez uma cara de criança pronta para chorar e sair correndo. Só fiquei firme por saber que eu tinha de dar uma resposta para mim mesmo e meus amigos. Eu também sei o que era sacrificar. Abri mão da minha posição política e causa sem violência, crítica aos meus padrões ideais da vida semidivina e da minha autopreservação para encarar aquela criatura. Isso tinha de ter algum valor.

Todos os instintos do grifo estavam programados para matar, então não foi nenhuma surpresa quando ele mergulhou com as asas recolhidas repentinamente, bem como sumindo no ar como se todo aquele corpanzil se misturasse com a atmosfera. Fiquei espantado, erguendo meu escudo e só notei seu volume e voracidade quando ele estava perto, abrindo as garras para me prender. Automaticamente me joguei para trás aterrorizado, usando Predict para me defender e sentindo a força de impacto de suas unhas golpeando o fronte de meu escudo.

Sentado no chão, notei o monstro subir, até que ele se misturou com a noite estrelada e era impossível vê-lo com nitidez. Eu notava as asas batendo, algo se movendo quase como uma grande nuvem de poeira, com silhueta de uma fera alada, mas sem clareza alguma. Concentrei minha energia espiritual, geralmente isso era possível quando eu canalizava alguma emoção e naquele momento eu estava com tanto medo que a vontade de me manter vivo parecia gritar dentro de mim. A aura tremeu ao meu redor, porém com a energia emanando de cada poro da minha pele, estiquei os braços na direção da fera e disparei uma perturbação espiritual, contudo o monstro rodopiou no ar e não foi atingido. Logo depois disso foi quando senti muita dor.

O monstro atacou num frame de segundo, sua garra penetrou a carne do meu braço direito e era como um tição ardendo em brasa. Fiz uma careta, o monstro ganhou forma, com seu bico afiado que tentou me furar o rosto. Usei Predict para protege minha face, ouvi o som de suas asas batendo, deixando claro que ele queria me levar para dar uma volta, contudo fechei os olhos, tentando encontrar por trás daquela plumagem e pelo o interior da fera. Não demorei para fazer um movimento com a mão livre, como se puxasse no ar um pouco do oxigênio disponível e com isso o monstro piou alto.

Naquela ação eu expus o espírito do ser, que sentiu certamente o vazio incomum. Enquanto grifo estava confuso, usei a frente do escudo que tinha para bater contra seu bico, o que me deu a chance de ser liberto e cair sentado na arena. O monstro rodopiou novamente no ar, com sua forma astral conectada e acompanhando cada movimento, sendo agora um trunfo para meu combate.

A besta alada abriu ao máximo as asas, depois às bateu com violência e lançou uma lufada de vento singular. Pensei que eu apenas seria lançado para trás, até resisti como pude, com o escudo perante o corpo e firmando os pés, só que quando algo cortou meu braço eu notei que era tarde demais. Outros talhos surgiram em minha roupa e a decoração era o vibrante escarlate do meu sangue, pois era como se lâminas estivessem embutidas naquela rajada de vento. Garanti que não teria a face cortada, agradeci aos deuses quando tudo parou, mas com ardor excruciante pelo corpo. Lutar não era para mim.

O grifo piou confiante, talvez já tivesse tido o mesmo êxito em outras caçadas e pude ver que ele estava certo de que me derrubaria quando desceu outra vez. Dei um leve sorriso, podia concordar em número e grau com a vitória do monstro, todavia algo em mim teimava em seguir independente do preço. Damian foi parar no hospital por confiar na minha fala de que ele era útil, Liam contava com minha capacidade de também ajudá-lo em batalha e um dia eu precisaria ajudar minha irmã em perigo. Se eu não pudesse derrubar aquela fera, eu era um verdadeiro inútil com opinião forte e bem cabeça-dura.

Mais uma vez me concentrei, contudo um ataque direto poderia ser novamente falho, então precisei arriscar. Quando notei que o sentimento ou emoção que estava me fazendo vibrar com poder espiritual era a esperança para seguir, dei um sorriso, emanando de mim uma onda de choque poderosa, irradiando a partir da minha posição e pegando em cheio o grifo. Seria um ataque poderoso de qualquer forma, só que a intensidade foi ainda mais catastrófica por causa da exposição de sua alma.

— Era isso que queria? — Perguntei, quando o monstro caiu no chão, fazendo uma careta que misturava dor e incompreensão. Usei um pouco mais da minha energia para atirar minha manifestação astral, lançando outra descarga espiritual que o pegou em cheio.

A fragilidade espiritual da criatura ficou clara, dois ataques diretos e a bordoada que dei com Predict em seu focinho deviam dar conta do recado, só que eu não estava processando com facilidade. Aquela esperança e sutileza abriu espaço para certo furor por estar ferido, cansado e também me vendo com um inútil depois de tanto apanhar. O monstro estava caído, talvez juntando força para se levantar e me atacar, só que eu fui além, dei voz para minha agressividade e subi no ser, segurando agora meu escudo com as duas mãos na borda e atacando para baixo, para esmagar o grifo.

— Todos acham que sou um inútil em batalha! — Gritei, ouvindo os últimos grunhidos do grifo enquanto eu não parava. Pancada atrás de pancada, mesmo com a musculatura do braço pedindo clemência. Eu fechei os olhos, continuei batendo até que o retorno era agora duro, como se eu tivesse lutando contra pedra. Olhei e notei que não havia mais grifo, apenas poeira e um sulco no chão.

Soltei Predict, olhando para o juiz que planava perto com uma face estranha, como se me julgasse e também entendesse ao mesmo tempo. O som da arena foi baixando para um misto de espanto e não compreensão, até que fui anunciado como vencedor. O povo gritou alegre, como se tudo aquilo tivesse sido o mais natural possível. Recolhi meu escudo, respirei fundo, levantando-me e caminhando sem saber o que sentir sobre mim mesmo. Eu deveria estar feliz por ter vencido, frustrado por estar tão machucado ou decepcionado por me entregar para o instinto mais brutal e violento, que tanto critiquei, quando a coisa ficou feia? Seria algo que eu só descobriria no leito do hospital.

Habilidades:
Item:

Alek Durant

Imagem A : [Coliseu: Arena da Provação] - Alek Durant 8Wmdkon
Ocupação : Desempregado
Idade : 23
   


Dados do Semideus
Atributos:
AtributosPontosPontos
ForçaForça
DestrezaDestreza• • • •
AgilidadeAgilidade• • • • •
ConstituiçãoConstituição• • • • •
InteligênciaInteligência
CarismaCarisma
NaturezaNatureza
MagiaMagia
EspiritualidadeEspiritualidade• • • • •
Imagem A
Orfeu
Deuses
Idade
Ocupação
Nível
Imagem B


Avaliação



Recompensa Máxima da tarefa: 7.000 XP + 7.000 concórdios
Recompensa Extra do Evento: +50% bônus em XP

Narratividade de Alek Durant:95/100
Recompensa Final: 9.975 XP e 6.650 Concórdios

Comentários


Olá, semideus.

É curioso como, em alguns momentos, o maior campo de batalha acontece em nós, não é? Claro, eu sou um deus, mas um dia já fui como você e consegui me colocar em seu lugar (a diferença é que eu sempre soube que ninguém conseguia tocar qualquer instrumento melhor do que eu). Acredito que você provou por "A + B" que você não é um inútil, e mesmo tendo todos os pensamentos conflitantes com a ideia do prefeito, você deu o seu nome e causou certamente o suficiente para ser lembrado pelos espectadores da arena. O seu desconto, no entanto, se deve a um erro bobo, mas que eu não poderia deixar passar; assim como todos os outros tópicos, é preciso iniciar com o template padrão, o que falta neste seu. No mais, não tenho mais comentários para fazer! Parabéns, rapaz.
Orfeu

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