Divine
Ground


Encerramento

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Encerramento

— Eric Cullen é o vencedor! — o juiz avisou quando o semideus finalizou o cão infernal e caiu sobre os joelhos, exausto.

A multidão foi à loucura mais uma vez, com copos vazios sendo jogados na arena, bombas de confete sendo estouradas para cima e gente sobrevoando o estádio. Era fim de noite e aquela havia sido a última apresentação do evento, por isso o êxtase contagiante. Contudo, ninguém ali presente sabia que aquela seria, de fato, a última celebração em muito tempo.

— Essa foi uma apresentação e tanto, de fato. — a voz de Pyotr foi ouvida por todos, mesmo com toda a barulheira, ainda que ele não tivesse gritado.

O prefeito, no lugar em que estava, começou a bater palmas e, magicamente, todos os sons do Coliseu se encerraram. Uma sensação de paz tomou conta do ambiente e o homem mais importante da cidade finalmente se levantou, indo até a ponta do camarote para que todos pudessem vê-lo com precisão. Seu semblante era igualmente pacífico, mas algo em seu sorriso mais intimidava do que confortava. Foi quando aconteceu.

Por um milésimo de segundo; uma janela de tempo tão curta que muitos poderiam jurar ter alucinado — o que não faria sentido, visto todos terem tido a mesma experiência; a sombra de Miliukova se expandiu e engoliu toda a arena.

— Antes de as cortinas se fecharem, no entanto, tenho uma última apresentação para vocês.

Nesse momento, um dos portões do Coliseu foi aberto e uma mulher adentrou a arena. Suas mãos estavam acorrentadas atrás de seu corpo, como se ela fosse uma criminosa. Os elos da corrente se arrastavam pela areia, fazendo um barulho perturbador, prendendo-a ao portão do qual havia saído. Os braços dela reluziam feito ouro… porque eram feitos de ouro. Devido a isto, ela claramente não conseguia movê-los para tentar soltar as amarras.

Quando finalmente superavam esse grande detalhe, as pessoas começavam a reconhecê-la: era Clara Steam, a filha de Ares mais forte de Divine Ground. Suas roupas, maltrapilhas, denunciavam que ela havia tentado lutar e, muito provavelmente, havia sido mantida em cárcere por alguns dias. O sangue seco em sua testa quase chegava em seu nariz, mas nada disso impressionava mais que seu olhar de fúria.

Clara tentava berrar, vociferando o que provavelmente era uma série de ofensas a Pyotr, mas nenhum som era emitido por suas cordas vocais.

— Clara Steam, você anda sobre o palco mais importante do mundo semidivino nesse momento para ouvir a sentença de seu julgamento. Você sabe o porquê disso, mas os espectadores aqui, não. — o legado comentou em tom natural, sendo ouvido por todos. — Nossa querida filha de Ares, minha guerreira de confiança, nunca havia perecido em um campo de batalha antes. Vocês sabem o porquê?

No meio do discurso, Lennox se junto ao lado direito de Pyotr, postando-se de maneira deslumbrante. Um pouco mais atrás, à esquerda, estava Juan. O filho de Victoria tentava não aparecer muito, com uma postura contida, mas não podia fugir de suas obrigações.

— Não se enganem: ela é de fato muito forte, porém sua sobrevivência nem sempre era mérito próprio. — Clara, lá embaixo, fez toda a força do mundo para tentar quebrar os elos da corrente que prendiam seus braços atrás do corpo, mas o ouro no qual seus membros haviam se transformado eram muito mais fortes. Em fato, bem na divisa entre seu antebraço e braço, era possível ver o sangue escorrer, como se ela estivesse quase quebrando eles. — Mas sua habilidade especial de sugar a vitalidade de outros semideuses foi o que a trouxe até aqui. Nenhuma equipe de Clara Steam voltou viva por inteiro, porque alguém sempre tinha de morrer para ela viver.

O olhar de Pyotr pesou sobre a julgada. Todo mundo ali presente estava, de alguma maneira, ligado diretamente aos sentimentos do prefeito, porque todos sentiram o extremo pesar em seu coração. De repente, o sentimento de decepção para com Steam foi tamanho que nem mesmo ela conseguiu resistir a ele e desmoronou.

— Uma habilidade tão excepcional utilizada de maneira tão nociva aos seus iguais… Uma pena, sim. Não há espaço para canibalismo em nossa sociedade, não quando, mais do que nunca, precisamos nos unir contra nosso verdadeiro inimigo.

O indicador direito do prefeito foi direcionado à mulher, finalmente.

— Clara Steam, você foi julgada anteriormente e, aqui, diante daqueles cujas vidas você parasitou por tanto tempo, foi considerada culpada pela morte de semideuses inocentes. Sua sentença é a morte.

Um círculo de símbolos desconhecidos surgiu ao redor da meio-sangue. Ela se agitou, tentando fugir, mas uma energia tão escura quanto a noite a impediu de sair daquele espaço. Daí, quando sua força sobre-semidivina finalmente a permitiu quebrar os próprios braços de ouro para que ela pudesse correr a cabeça de uma serpente gigante feita de energia pura surgiu a partir do círculo e a “engoliu”. Clara caiu no chão, sem vida, conforme o círculo sumiu e nenhum sinal da serpente foi notado.

A partir do corpo dela, uma energia rubro-negra voou até Pyotr, adentrando seu peito.

— Sinto muito que tenham precisado presenciar isso, mas decisões como essa precisam ser tomadas pelo bem da cidade. Não temam, no entanto, esse show de horrores não terá um final triste. O evento está encerrado, mas logo retornarei com boas novas, meus caros irmãos. O Coliseu finalmente mostrará seu verdadeiro propósito, agora que há um lugar vago ao meu lado.

O homem bateu palmas novamente e, o que quer que ele havia feito para ser o único a falar, se encerrou. Os sons de Divine Ground lá fora voltaram a ecoar pelo estádio, mas nenhuma das pessoas ali dentro disse uma palavra. Até que, finalmente, o silêncio foi interrompido por uma risada alta e exagerada de um dos lugares da arquibancada: era Carina, a filha de Jano inconsequente, que ria da situação. Atrás dela, Yui, o último do Big 5, suspirou, antes de desencostar da parede e caminhar para fora da arena.

— Ei, espera por mim! — a semideusa falou, antes de correr atrás dele.

As cortinas haviam se fechado, mas aquela era apenas a primeira parte do grande show.
O Panteão

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