Divine
Ground


[TAREFAS - ARENA DA PROVAÇÃO] - KYLE BARKLAY

Imagem A
Kyle Barklay
Membro da prole de Atena
Idade
Ocupação
Nível
Imagem B
The Smarter's Chronicles
Tarefa
The Speaker, Mistycal Fighter, Son of Athena
and Master of the Battle

Descrição da Tarefa:

Basicamente a minha vida era muito parecida com outro jovem de vinte e poucos anos morando, sei lá, no Brooklyn. Eu tinha um emprego relativamente estável, trabalhando nos sistemas integrados da Fundação Stark, bem como um bico de programador virtual para clientes externos. Eu tinha uma agenda de compromissos sociais movimentada, festinhas ali, contatos aqui, saideiras de vez em quando…O único ponto mesmo de discrepância era morar numa cidade murada com jovens capazes de fazer cair raios do céu ou então invocarem criaturas da terra…Essas coisas básicas.

Foi surpreendente quando, num dia ordinário, um membro de uma força tarefa montada junto a polícia veio bater no meu pequeno escritório home office, também conhecido como meu apartamento. Eu estava nada trajado para receber tal visita, com uma camisa de abotoar e um short de pijama marfim. O olhar dos oficiais foi de total espanto, precisei dizer que trabalhando apenas com o tronco e rosto aparecendo, meu cuidado estético se resumia a passar a camisa. Como o crime a ser discutido não eram minhas roupas, nem mesmo meus programas questionáveis para quem pagava bem, descobri ser um convite para ajudar.

Como evento promovido pelo nosso prefeito tudo que era máquina pública ou social ganhou proporções únicas. Semideuses de todos os cantos vieram visitar Divine Ground, oportunidades financeiras aumentaram, seja nas estalagens, alimentação e outros meios. Manter essa esfera semidivina funcionando exigia da equipe da prefeitura e eu estava pouco me lixando para tudo isso. Somente quando ele falou que os cidadãos convidados para ajudar seriam bem remunerados foi que meus olhos brilharam. Se eu fosse um cartoon, teriam aparecido cifrões dourados no lugar da íris.

Dentro daquela força tarefa, havia um grupo que vinha monitorando, junto ao sistema do Argos, todo tipo de semideus em Divine Ground pelos sistemas de softwares disponíveis. Com tantas câmeras e tecnologia, precisavam de vários pares de olhos para dar conta, contudo o próprio gigante cheio de visão não estava dando conta, precisando então de voluntários para fazer a interface das informações com a equipe de segurança. Basicamente foi nesse lance que me chamaram para fazer parte, caso fosse do meu interesse. Pelo que pagaram, claro que eu disse sim.

Nos primeiros dias, fiquei de olho em criminosos simples, que tentavam bater uma carteira aqui ou roubar um item ali, passando as informações e relatórios para a polícia de uma pequena sala compartilhada no primeiro andar do prédio central do Argos Terceiro. Eu queria muito invadir o andar superior, o gigante cheio de olhos ficava lá, contudo o acesso era terminantemente proibido, então sabe-se lá o que rola. Provavelmente eu tive um destaque inesperado, consegui ajudar em alguns casos mais complexos com militantes que fugiam das câmeras, contudo deixavam rastros e meu nome foi cotado para outra tarefa, agora um pouco mais desafiadora.

Um dos ladrões que procurei por um dia inteiro, pois havia sido capaz de furtar uma loja de jóias muito bem protegida, deixou como rastro uma ida estranha para um casebre abandonado na Zona Oeste. Era um galpão grande, um dia foi lar de uma empresa de construção importante de décadas anteriores, porém uma tragédia acabou ceifando a vida de todos. O lugar ficou literalmente desperdiçado, sendo palco para algumas festinhas clandestinas, mas era só bebida, agarração e resquícios de substâncias indevidas, nada drástico. O local não era usado para celebrações havia meses, com o evento gigantesco da Arena da Provação, acabou chamando atenção para algo ainda mais sério.

Usando das câmeras disponíveis, passei a procurar possíveis locais para o ladrão se esconder e levar as joias, percebendo que ele ficava num quitinete na Zona Oeste, todavia ele compareceu na tal construção duas noites seguidas. Mesmo depois que a polícia agiu para prender aquele cara, passei a observar o local e notar que algumas pessoas passavam por perto e “sumiam” por horas, saindo apenas depois num padrão discreto, contudo bem diferente. Era para ser uma área abandonada, talvez com um punhado de garotos, mas casais deixavam o lugar, de vez em quando um clarão estranho aparecia numa fresta da janela da construção, tinha algo errado.

Quando passei o relatório da situação suspeita, descobri que a polícia já vinha investigando a localização de clubes clandestinos de entretenimento. Em paralelo ao grande evento no Coliseu, semideuses estavam se reunindo em locais como aquele, para acompanhar as imagens transmitidas e fazerem apostas em seus campeões. As autoridades vinham tentando cercar e encontrar o mandante, só que o rosto dos oficiais eram conhecidos, então apenas a ralé era apanhada, sem contar que eles não ligavam para perder estruturas de transmissão, tamanho recurso financeiro que rodava e eles faturavam.

Pessoalmente fiquei impressionado com uma coisa tão grande rolando e eu não ter informações. Foi mal, mas não sou o melhor exemplo de cidadão ou jovem, acabo me metendo em lugares assim por ser bem divertido. Uma vez fui preso por aparecer sem roupa alguma no centro comercial de Divine Ground depois de… Bem, você entendeu que eu não sou de me guardar para celebrações. Exatamente por eu ter algumas confusões em meu currículo, um dos investigadores informou que eu era a pessoa ideal para me infiltrar, trazer informações e ganhar muito bem por isso. Foi assim que eu fui pago para me divertir…

O tal casebre abandonado tinha um pequeno sistema de segurança incomum: Dois caras brutamontes, mal-encarados, com roupas maltrapilhos, como se fossem moradores de rua desempregados. Eles me olharam dos pés à cabeça, perguntando como soube daquele lugar. Enrolei, dizendo que ia nas festinhas clandestinas do galpão desde antes de explodirem a porta de trás com fogo grego mal manipulado. Eles se entreolharam, receosos com minha história, informei que a marca na parede que não sai por nada com a tinta cinza chumbo não havia sido por acaso, então minhas fala pareceu fazer sentido. Nem disse que o cara que atirou o fogo sem querer naquela parede fui eu mesmo. Abafei.

Os responsáveis pelo espaço clandestino de apostas fizeram um trabalho maravilhoso. O lugar tinha pelo menos quatro telões gigantescos, apontados para os pontos cardeais, formando uma central magnífica de informações. Em qualquer lugar do ambiente você tinha o visual da atividade principal. Havia duas bancadas diferentes para consumir bebidas e aperitivos, um círculo central, abaixo dos telões, onde as pessoas faziam suas apostas, com computadores em mesas, mostrando o perfil de cada um dos lutadores e feitos conhecidos para justificar os valores e quanto pagava.

O lugar estava inteiramente fechado e climatizado, havia apenas uma fresta exposta, imperceptível pelos organizadores, por onde uma parcela da luminosidade saia, quando um canhão de luz era direcionado para lá. A parede contava com algum isolamento acústico de alto nível, era um projeto visionário e que estava dando muito lucro, certamente. Peguei uma bebida, apostei em dois caras, para socializar e ganhar um dinheiro também, tentando entender como eu poderia me aproximar de pistas concretas para entregar aos oficiais. Eu era tipo o James Bond da Shopee.

Fui até um dos caras na mesa de apostas, fiquei trocando um assunto ali e aqui, descobri que ele usava o codinome Monroe e estava alimentando com as informações do sistema integrado. Dei uma ideia a ele de que, se colocasse alguma inteligência artificial que rodasse simulações de vitória mediante o desempenho dos competidores dos dias anteriores com as características dos monstros, poderiam otimizar o pagamento das apostas para quem quisesse dados premium. Ele pareceu se interessar, mas disse não saber fazer. Deixei claro que, por um preço legal, eu poderia entregar isso até o próximo dia, era só pagar. Claro que o querido Monroe quis agradar seu superior, chamando alguém por um fone de ouvido e depois fui levado para o andar superior.

Onde deveria ser a gestão anterior dos processos do galpão, quem sabe uma sala de diretores ou coisa assim, havia agora um pequeno camarote privativo, como de uma boate cara da área nobres de Divine Ground. A música e iluminação eram exclusivas, havia dois caras como seguranças em terno, um telão ali dentro para assistirem e uma conversa mais serena. Um dos responsáveis me chamou para conversar e preciso confessar, eu fiquei me cagando de medo ali. Até o momento de estar no evento principal, tomando algo e observando, havia uma falsa ideia de segurança, só que ali em cima, com dois semideuses bombados e outros, nem com minha habilidade de combate razoável eu pensava um escape, sem contar que eles podiam desconfiar de mim e eu estava ferrado.

— Monroe disse que você é um espertinho com ideias para me dar mais dinheiro, estou certo? — Falou um rapaz sentado, boa pinta, devia ter uns quarenta anos e estava muito bem acompanhado por um homem e uma mulher, que revezavam em carícias no responsável dali. Dei uma gelada na hora quando ele fez tão pergunta, a conotação do espertinho parecia ser acusatória, então tentei ser o mais relaxado possível.

— Espertinho até ofende minha inteligência, mas a parte do dinheiro está correta. — Respondi, tremendo por dentro, mas com audácia de esticar a mão e pegar um drinque de uma moça com pouca roupa, meia arrastão e salto-alto, a qual servia algumas pessoas como uma garçonete. — Com você que falo sobre o sistema ali embaixo?

— Comigo você fala de tudo aqui, rapaz… Pode me chamar de Yan. Você tem um minuto da minha atenção, só que se não agradar, aqueles dois caras vão te dar uma surra só por ter a ousadia de vir aqui e me fazer perder tempo.

— Preciso até de menos. — Respondi certeiro, sentando na frente dele e respirando fundo. Era uma arte pessoal fingir ser o que nunca fui, principalmente para não morrer. — Minha ideia é te entregar uma interface com dados também olhando as características dos monstros e desempenho deles contra combatentes. Imagina saber como os cães infernais são contra arqueiros ou ciclopes contra os que jogam magia… Você teria apostas mais precisas e basta cruzar o banco de dados que você já tem com uma inteligência artificial que simula as probabilidades. Muito mais grana, pois as apostas serão ainda mais precisas e poderá antecipar resultados que os apostadores não fazem ideia, que parece dinheiro mole, mas está´tudo bem calculado… Eu ainda tenho quinze segundos, posso beber então?

Recostei na cadeira, olhando o cara me encarando feio, mas dei de ombros e fechei os olhos, torcendo internamente por ter a chance de abri-los depois. Ouvi uma risada intensa, fitei o cara fazendo um rosto de “muito bom” e depois estendendo a mão para mim. Ri de volta, curvando o corpo para alcançá-lo e escutar.

— Tenho pouco tempo, então entregue isso amanhã até a hora do almoço, quero ver rodando para implementar essas ideias. Feito? Fico aqui o dia todo com meu grupo, organizando os detalhes…Se der certo, coloco também para outros lugares.

— Fechado… Estamos falando de quantos lugares? — Perguntei, notando que tamanho interesse pareceu bem estranho para o cara. Relaxei, fingindo não perceber que ele me encarava com certa desconfiança. — Dependendo meu preço pode subir, porque tanta forma de lucro para você torna meu trabalho mais valioso.

— Isso não te importa, mas gostei da sua ganância… Dependendo da qualidade falamos sobre preço amanhã. Agora pode ir.

Sendo dispensado, voltei para o salão principal, pensando numa forma de não me encrencar ao entregar tudo aquilo de informação. Bati um papo com Monroe, que disse que trocaria de turno em breve, pois tinha de estar de volta ali cedo para trabalhar. Quando ele foi liberado, convidei-o para tomar alguma coisa e poder me explicar mais sobre como funcionava a casa de apostas e outras coisas da rotina. Se ele só queria desestressar ou bater um papo, se tinha até algum interesse além por mim, não me interessou tanto, válido foi ouvir algumas coisas e acabar dando uma carona para ele até sua casa.

Claro que não gastei meu tempo com um trabalho tão importante assim, apenas montei alguma coisa simples de simulação com alguns dos dados que ele me deu, para ganhar tempo enquanto os oficiais fizessem seu serviço. Passei tudo que sabia, que tinha outras filiais e que o tal de Yan tinha informações preciosas. A polícia pediu então para eu aparecer com o software, mas eles abordaram primeiro Monroe, para não acharem que eu era o culpado e arranjar problema. Ainda bem que eles pensaram na minha pele.

Montei o programa específico, fiz uma interface visual chamativa com as informações e possíveis resultados de combate, apesar de não ser o trabalho da minha vida, estava bonito. Fui para o endereço, tomando todo cuidado e sabendo que horas atrás o Monroe tomou uma prensa do investigador. Uma vez lá dentro, fiquei apenas uns dez minutos mostrando tudo até os policiais entrarem, colocando todo mundo no chão e me levando ficticiamente preso. Eles realmente me algemaram, deram um bandão e alguém me deu até um bendito de um soco no estômago, quando fingi reagir. Nem precisava de tanto.

Fomos levados para delegacia Nêmesis, onde eu fui liberado depois de uma hora, sabendo apenas que o Yan e outros ficariam detidos por mais tempo para dar explicações do que sabia. Famosa delação premiada. Ganhei meu dinheiro, bebi e comi de graça e ainda sai por cima, apesar de ter ficado curioso se eu não faria uma grana maior se também postasse num desses mercados clandestinos. Quem sabe…

Kyle Barklay

Idade : 24
   


Dados do Semideus
Atributos:
AtributosPontosPontos
ForçaForça• •
DestrezaDestreza
AgilidadeAgilidade
ConstituiçãoConstituição• • •
InteligênciaInteligência• • •
CarismaCarisma
NaturezaNatureza
MagiaMagia• •
EspiritualidadeEspiritualidade
Imagem A
Orfeu
Deuses
Idade
Ocupação
Nível
Imagem B


Avaliação



Recompensa Máxima da tarefa: 5.000 XP
Recompensa Extra do Evento: 2.500 XP

Narratividade de Kyle Barklay: 90/100
Recompensa Final: 6.750 pontos de experiência e 2.250 Concórdios


Comentários



Olá, semideus... percebo que temos um gênio aqui entre nós! Não por acaso, sua mãe não poderia ser outra pessoa além de minha tia Atena!

Primeiro, devo lhe agradecer pelos serviços prestados para Divine Ground, realmente vivemos em um período conturbado com essas casas de apostas clandestinas e afins (até tomei golpe desse tal de "Tigrinho").

Em relação ao seu texto, acredito que você teve um cuidado especial sobre a criação de cenários e desenvolvimento da tarefa, adaptando-a ao modo do seu personagem de agir/pensar, onde realmente deu para entender que a única motivação dele é o dinheiro — o que para mim está mais do que justo, sério.

Os descontos foram necessários por conta de dois pontos; acredito que, na intenção de não gerar um texto muito longo ou algo do tipo, você acabou resumindo alguns pontos que agregariam bastante valor ao seu texto. Um exemplo disto, é o caso do tal do Monroe: Kyle e ele tiveram uma boa conversa, como fica explícito em seu texto, mas não tivemos uma única passagem desta troca de ideias. Gostaria de ter visto algum diálogo ou coisa do tipo, porque no fim acaba aparecendo apenas que foi um meio de facilitar a chegada em seu objetivo final e "rushar" para entregar o texto.

Outro ponto, ainda no desenvolvimento, foi a parte do problema. Tudo bem que você teve o seu desenvolvimento para descobrir a rede de apostas e quem estava realmente por trás de tudo isso, mas novamente, sinto que poderia ter tido um desenvolvimento mais trabalhado, contando de fato como um personagem que "vivenciou" aquilo, não que apenas parecia estar narrando por cima todos os acontecimentos, entende? Às vezes a imersão é o ponto mais essencial de uma narrativa, e querendo ou não, esse "rush" acaba tirando boa parte disso, onde justamente entraria a diversão em ler.

No mais, meus parabéns!



Orfeu

Imagem A : [TAREFAS - ARENA DA PROVAÇÃO] - KYLE BARKLAY Orfeu-e-Eur%25C3%25ADdice
   


 
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