Divine
Ground


[Coliseu: Arena da Provação] - René Del' Fontaine

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René Del' Fontaine
Membro da prole de Psiquê
Idade
Ocupação
Nível
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Coliseu — René Del' Fontaine
Espaço dedicado para os combates de René Del' Fontaine na Arena da Provação.


René Fontaine
Filho de Psiquê
René Del' Fontaine

Imagem A : [Coliseu: Arena da Provação] - René Del' Fontaine 7M4AGhM
Ocupação : Desempregado
Idade : 22
   


Dados do Semideus
Atributos:
AtributosPontosPontos
ForçaForça• • •
DestrezaDestreza• •
AgilidadeAgilidade• • • • •
ConstituiçãoConstituição• • • • •
InteligênciaInteligência
CarismaCarisma
NaturezaNatureza
MagiaMagia
EspiritualidadeEspiritualidade• • • • •
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René Del' Fontaine
Membro da prole de Psiquê
Idade
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É Hora de se Provar


Tarefa Realizada:

Legenda:

Qual é a primeira coisa que você faz quando você normalmente acorda, caro leitor?

Bom, talvez você não se identifique comigo, mas digamos que era normal toda vez que os raios solares tocassem o meu rosto, eu erguia o meu corpo, dava um longo suspiro e logo em seguida gritasse no travesseiro.

— Eu ainda tenho fé de que um dia eu vou acordar de verdade e tudo isso não vai ter passado de um sonho. — Falei me direcionando até o espelho do banheiro. — Eu vou estar pleníssimo no meu castelo, rodeado das minhas criadas e de doces enquanto perturbo meu pai para que eu vá até Paris comprar os mesmos acessórios de Maria Antonieta. Se bem que se eu voltar para esse momento, eu ainda não terei conhecido Antoine…Ai, Par les dieux.

Enquanto me encarava, diversos pensamentos permeavam minha mente. Por que raios isso ainda voltava a acontecer? Por que eu estava preso naquele corpo desde a infância? Será que era o meu próprio corpo após reencarnação? Mas se fosse, por que eu ainda estava preso a todas as memórias da minha vida passada?

— Mas a principal pergunta é: Porque os lapsos de memória e a troca de identidade ainda não pararam? — Disse antes de ir para o chuveiro e permitir que a água quente aliviasse toda a tensão que habitava o meu corpo em mais um dia.

Desde que eu me lembre dessa nova vida, nos anos 2000, eu sempre tive a mesma consciência que tinha em 1800. Desde criança eu estava sendo ensinado sobre um novo mundo, sobre uma nova versão de realidade em que reunia deuses gregos, poderes e a tecnologia — algo totalmente esquisito e brevemente assustador.

— E ao mesmo tempo, desde criança, René às vezes assume o meu corpo. Maldita seja esse TDI, nem para eu dissociar e assumir uma personalidade chique, mas tive que ter o desprazer para ser totalmente cafona. — Resmunguei enquanto olhava meu guarda-roupa e observava as roupas que comprei sem me recordar. — É sério mona, olha isso aqui, não tem um glamour, não tem um babado, não tem um tchan, não tem nada.

Levei minhas mãos ao meu cabelo e respirei fundo. Se controla, Clément, se controla, você não vai ter um ataque agora, pensei enquanto respirava fundo.

— Não, mas isso aqui já é demais. — Falei quando observei uma jardineira jeans. — Se me vissem usando algo assim na época da caça às bruxas, certamente me queimariam por agredir a moda.

Me joguei de volta na cama após vestir uma saída de banho e em questão de segundos abracei o travesseiro. Observando o teto, comecei novamente a me questionar sobre tudo que acontecia. Eu não me recordava totalmente da minha vida na França, mas eu me recordava de Maria Antonieta, me lembrava do meu cargo de Duque, me recorda de breves acontecimentos, mas principalmente: eu me recordava daquele que amei e também do dia em que morremos juntos.

— Antonie, Antonie. — Sussurrei para mim mesmo enquanto levava minha mão ao meu coração acelerado e melancólico. — Onde você está, mon amour?

Antonie havia sido um plebeu, literalmente um pobre camponês,  que ganhava a vida lutando e que havia conquistado meu coração durante a revolução francesa. Não se engane ao pensar que tivemos aquele clichê totalmente cafona de um plebeu conquistar alguém da nobreza e eles fugirem juntos. Era 1778 quando nos conhecemos e resumindo muito toda a ópera, ele estava caçando minha cabeça (literalmente), era “hétero” e com um comportamento totalmente estressado. Mal ele sabia que se apaixonaria por um Duque, totalmente autoritário e que jamais abaixaria a cabeça para ele.

Quando reencarnei, me recordo de procurá-los em todas as crianças que via. Talvez você já tenha sentido um calor no coração que parece atravessar o campo físico e espiritual. Eu tinha esse sentimento constantemente e no fundo sabia que era questão de tempo até que pudéssemos nos reencontrar novamente.

E de fato foi, pois encontrei novamente o homem da minha vida no orfanato de Divine Ground, também no corpo de outra pessoa. E talvez, somente talvez, as coisas estariam mais fáceis se não fosse um único detalhe que era basicamente metade da minha vida: René Del Fontaine, a personalidade que eu possuo desde criança devido ao TDI.

Desde pequeno eu tive que aprender a manusear esse transtorno, utilizando um diário para que eu escrevesse coisas importantes do dia, tanto estando quanto René quanto Clément. Mas mesmo assim, ambos esquecíamos algumas vezes e outras simplesmente não me lembrava de nada que tinha acontecido. E foi em uma dessas que, quando fui para o orfanato de Divine Ground, acabei passando por poucas e boas ao finalmente encontrar o meu amado, também reencarnado em um pequeno semideus, mas que às vezes não se lembrava de mim ou às vezes deixava-o de ver por que René assumia.

— Bâtard, fils de pute, pauvre. — Disse com raiva e cerrando os dentes ao me lembrar que Antoine sequer teve a decência de se despedir de mim quando fui adotado. — Como ele ousou ficar parado me encarando como se não me conhecesse?

Aquela havia sido a última vez que tinha visto o lutador. Com o tempo, acabei tendo outras obrigações e tudo ficou ainda mais difícil, mesmo comigo procurando o rapaz de vez em quando. Mas assim, vamos aos fatos, era obrigação completamente dele em me encontrar, ele que me devia isso, a nobreza não vai atrás da plebe assim, pensei enquanto me levantava bufando de raiva e começava a me arrumar com as roupas menos detestáveis daquele guarda-roupa e pegando due in uno em sua forma de pulseira para complementar o look.

Ao terminar, me direcionei até a porta. Mal podia esperar para finalmente comer os macarons da zona sul da cidade. Mas infelizmente eu só podia esperar mesmo, por que assim que pus o pé pra fora de casa, acabei me deparando com um grande movimento de pessoas, correndo de um lado ao outro.

Escutando a conversa alheia, que inclusive era algo que eu fazia muito bem, acabei descobrindo que o prefeito, depois de surtar e começar a acabar com a cidade aos poucos já fazia dois meses, acabava de anunciar um grande evento na arena em conjunto a uma singela carta.

— Blá, blá, blá, somos mais fortes, vamos conquistar o que é nosso por direito, blá, blá, blá. — Disse rapidamente enquanto lia o papel que havia pegado na calçada. — Esse homem está enlouquecendo de vez. Me coloca no poder pra ver se eu não conserto isso em três dias.

E então, enquanto pensava em como eu claramente seria um prefeito melhor que Pyotr, um insight surgiu como uma luz no fim do túnel: arena quer dizer brigas e Antoine jamais fugiria de uma briga.

— É isso! — Disse para mim mesmo com um sorriso no rosto. — Eu só tenho que ir até a arena e esperar mon amour surgir para gastar os dois únicos neurônios que ele possui no meio de uma briga. Simples.

Na minha cabeça, literalmente era um plano simples, não tinha o que dar errado. Mas como sempre, os deuses queriam testar minha paciência e certamente queriam minha cabeça servida com legumes no jantar, uma vez que passei o dia na zona sul da cidade com minhas amigas filhas de Afrodite e ao chegar a noite, toda a cidade estava em um único lugar: o coliseu.

Caro leitor ou leitora ou leitore, eu juro, eu nunca vi tanta gente em um só lugar desde a revolução francesa. Se Isaac Newton visse aquela cena, eu tenho certeza que ele mesmo contestaria sua afirmação de que dois corpos não ocupam o mesmo lugar. E o pior de tudo não era nem aquele tanto de pobre junto, mas sim toda celebração que estavam fazendo por conta de um bando de gente indo brigar.

Mas quem sou eu pra julgar né, estou fazendo a mesma coisa, pensei antes de empurrar um zé ninguém para que ele saísse da minha frente. Não ironicamente, o sentimento de euforia começou a adentrar no meu corpo e uma breve animação tomou conta do meu ser. Talvez eles não fossem tão bobos assim por ver aquilo como entretenimento.

— Ei, você não pode sair passando assim na frente de todo mundo, isso não é justo. — Disse um semideus para mim assim que ultrapassei seu lugar na fila que havia para adentrar a arena.

— Olhe pra você e olha pra mim, meu bem, a vida com toda certeza do mundo não é justa. — Respondi enquanto revirava os olhos e o ignorava.

Ao me aproximar de uma das entradas, as moiras resolveram me compensar por aguentar tantos minutos próximo a plebe. Você já teve aquele momento em que seu olhar cruzou com aquela pessoa que você amava e por milésimos de segundos tudo ao seu redor sumiu e apenas vocês existiam? Bom, era esse momento que eu estava vivendo.

Eu reconheceria aqueles olhos castanhos esverdeados em qualquer lugar do mundo, afinal, foi exatamente por aqueles olhos que havia me apaixonado anos atrás. Percebi que o rapaz também me encarava e resolvi cruzar os metros que nos separava, avançando em sua direção.

Entretanto, ao me aproximar e voltar a ter noção de tudo que acontecia ao meu redor, me dei conta de que havia uma mulher se atirando contra o peito do semideus e um homem fazendo carícias em sua nuca. Todo o sentimento de saudade e felicidade sumiram em questão de segundos, dando lugar somente a uma única emoção: raiva.

E era uma raiva por vários motivos.

Por que caralhos ele estava cortejando ambos? Por que Antoine parecia tão tranquilo e risonho? Por que ele estava parado e não tentando me procurar também?, pensei enquanto cruzava os braços em sua frente e o fuzilava com os olhos.

— Bora, bora, circulando que aqui não é bordel não. Esse homem já tem dono, suas meretrizes baratas. — Bravejei enquanto direcionava meu olhar para a mulher e o homem que acompanhavam Antoine.

Tanto o casal quanto o meu próprio homem me olharam assustados e enquanto o casal se retirava se entreolhando, um sorriso perverso e totalmente cafajeste surgiu no rosto de Antoine.

— Me dê um ótimo motivo para eu não acabar com sua raça nesse momento, Antoine. Você sequer se despediu de mim no orfanato e aparentemente sequer me procurou. — Falei olhando fixamente para o semideus.

— Usando uma técnica de flerte velha dessas para dar em cima de mim? Não precisava fingir que achou que eu era outra pessoa para vir falar comigo. — Respondeu o rapaz ainda com seu sorriso malicioso no rosto. — Olha, eu não te conheço, mas eu certamente gostaria. Jamais que eu, Dante Bianchini, deixaria um homem bonito desses plantado.

— Que história é essa de Dante? Escuta aqui seu brocha, eu passei anos, anos, imaginando finalmente te encontrar. — Falei enquanto gesticulava com as mãos. — E agora você fica nessa palhaçada? Enquanto eu ficava te esperando você fazia o que? Trepava com metade da cidade? Ou usava os dois únicos neurônios que tem para lutar e continuar com a vidinha medíocre que tinha antes de me conhecer, seu pobre caipira?

— O que foi que você disse? — Questionou Dante erguendo uma sobrancelha e mudando sua feição para uma expressão de indignação, quase como se eu tivesse o ofendido. — Eu jamais brochei, você que é maluco e já deve ter sonhado comigo e agora tá fazendo esse showzinho.

— Showzinho? Mon amour, você esqueceu quem eu sou? Eu lá preciso de showzinho? Eu sou o próprio show, eu sou Clément Valois, sucessor do Duque da Touraine. — Respondi enquanto girava com os braços para cima com o objetivo de fazer Antoine se lembrar de quem eu era.

E talvez esse tenha sido o meu maior erro.

Por estar brigando com o rapaz, não escutei o que estava sendo dito ao redor, tampouco escutei quando o juiz perguntou se havia voluntários para a arena. Mas ali estava eu, com as mãos levantadas para cima justamente nessa hora.

— Se aproxime para a batalha, semideus! — Ordenou o juiz enquanto me observava e sinalizava para que eu caminhasse até o centro da arena.

— Não, é um mal entendido, senhor. Eu não quero lutar não, estou no meio de uma DR nesse momento. — Falei enquanto sorria de nervoso.

O juiz sequer deu ouvidos para o que eu disse, apenas sinalizou para que outros semideuses responsáveis pelos combates me acompanhassem até o local.

— Isso não é uma DR, eu não te conheço. — Gritou Antoine ou Dante sei lá o que ao fundo, fazendo com que cada célula do meu corpo fosse consumida pelo mais puro ódio.

Em um misto de raiva, medo, decepção, amor, orgulho e até mesmo tristeza, me encaminhei até o centro da arena. Olhei ao redor e reparei que muitas pessoas me encaravam com certo desdem, como se eu não pudesse derrotar o que quer que viesse pela frente.

E talvez elas estavam certas.

Sendo um semideus nessa vida, claramente fui instruído a treinar desde a infância. Além disso, Antoine havia me ensinado o básico de luta na minha vida passada, pois segundo ele, eu precisava saber me defender. Mas agora lutar sozinho? Isso era algo que eu não tinha muito costume.

Em questão de segundos, uma porta foi aberta e um Lestrigão surgiu do outro lado da arena. Era o meu adversário e digamos que ele não estava se aparentando ser muito receptivo. Eu me recordava de ler sobre Lestrigões, sabia do perfil canibal e sanguinário da criatura, mas ao ver aquele ser de dois metros de altura parado e empunhando uma clava, senti todos os pelos do meu corpo se arrepiarem.

Com o início da luta, a criatura rugiu e começou a correr em minha direção, erguendo sua clava e com sangue nos olhos. Ao ver aquele homem todo tatuado e de roupa de couro no meu caminho, segui meu instinto e ativei Due in Uno, fazendo com que o escudo de ouro imperial surgisse em minha mão direita. Rapidamente envolvi meu antebraço nas tiras de couro interna para melhor manuseio da arma e foi o tempo exato antes do Lestrigão se aproximar e me desferir um ataque de cima para baixo com sua arma.

Utilizando da minha agilidade e dos reflexos adquiridos após os treinamentos, consegui erguer o escudo e bloquear o ataque da criatura, mas não evitou de sentir o impacto da clava contra o escudo, fazendo com que eu fosse ao chão logo em seguida. Ao ver que o Lestrigão não perderia a chance de amassar minha cabeça contra o solo, rapidamente manifestei minha alma contra ele, o empurrando para trás.

Afastando-o por alguns poucos metros, rapidamente me levantei. Apesar de tantos anos já sendo um semideus nessa vida, ainda era um pouco estranho utilizar os poderes, principalmente porque se remetiam à minha alma. Olhei em volta de toda a arena, buscando o juiz para pedir cancelamento daquela luta, mas ao invés de encontrá-lo, acabei cruzando meu olhar com uma cena que fez todo meu sangue borbulhar por dentro: Antoine / Dante trocando carícias com o mesmo semideus de antes.

— Não, mas isso já é uma afronta contra minha pessoa. — Vociferei antes de voltar minha atenção para a criatura que havia começado a se manifestar novamente. — Eu vou matar você e sair daqui para matar Antoine.

Assim que pousei meu olhar na criatura, a mesma começou a criar uma pedra em sua mão e logo em seguida arremessou em minha direção. No mesmo instante utilizei meu escudo novamente para me proteger e, com muito esforço, consegui me manter de pé, fazendo com que a rocha se estilhaçasse em pequenos fragmentos. Estes acabaram voando em minha direção, me causando breves ferimentos.

Uma vez que estava concentrado em me defender da rocha que havia sido lançada, não reparei que o Lestrigão apenas a usou como distração, correndo para perto de mim e me acertando com um ataque certeiro com sua clava.

Devido a força da criatura, o ataque doeu muito, mas muito mesmo, e me arremessou para o outro lado da arena tal como crianças fazem com as bonecas. Voltando a se movimentar em minha direção, me levantei com dificuldade antes que ele me atacasse novamente. Com toda certeza do mundo eu vou morrer se não começar a lutar de verdade, pensei enquanto começava a me movimentar.

Eu certamente não teria chances de enfrentá-lo em uma luta direta, então realizei uma ação que poderia muito bem dar errada: retirei o meu antebraço das tiras de couro que prendiam o escudo a mim e o levei para trás, pegando impulso e logo em seguida o arremessando contra a criatura. Nesse mesmo instante, percebi a palma da minha mão começando a sangrar devido aos breves cortes causados pelas lâminas da borda do escudo.

A plateia havia vibrado naquele instante. Em partes por me considerar louco após arremessar a única arma que eu tinha e em partes pela curiosidade do que viria a seguir.

Se juntando à surpresa da plateia, o Lestrigão também não esperava determinada ação e apenas tentou bloquear o ataque utilizando seus braços, mas acabou sendo ferido pelas lâminas.

Aproveitando sua posição de defesa, levei minhas mãos à frente e me concentrei ao puxar a alma do Lestrigão para fora de seu corpo. Por ser uma criatura grande e totalmente tirana, tive um pouco de dificuldades em realizar tal ação, mas assim que foi feita, ali estava o espectro totalmente translúcido à minha frente.

— Nem a sua alma é bela, queridinho. — Falei soltando um breve sorriso ao escutar as palmas da plateia.

Confuso com que estava acontecendo, a criatura terrestre apenas seguiu seus instintos e prontamente criou e arremessou outra pedra contra mim. Me abaixei para desviar do ataque e novamente o gigante já estava se movimentando para me acertar pelo outro lado, tal como havia feito anteriormente.

— De novo não. — Falei antes de liberar uma onda de choque espiritual, que atingiu tanto o Lestrigão quanto sua alma exposta.

A criatura não sabia de onde estava vindo as dores que sentia, mas sabia que havia algo de errado acontecendo. Então, sem nenhuma cerimônia, mordeu o seu próprio braço e arrancou um pedaço de sua carne, comendo-a logo em seguida para se recuperar.

Nesse momento, eu juro pelo meu cargo de duque, que eu simplesmente queria vomitar.

Após a ação sanguinária, o Lestrigão urrou e correu em minha direção. Tentando não ser pego por ele, comecei a correr para mais próximo do seu espectro e logo em seguida manifestei pequenas ondas espirituais na palma da minha mão. Utilizando destas ondas, desferi alguns golpes no peitoral e barriga do espectro à minha frente. Pelo menos para me ensinar a lutar aquele traste prestou, pensei logo em seguida.

Ainda sem entender o que estava lhe causando dores, percebi que o gigante já estava chegando no limite de sua paciência imaginária. Criando outra pedra e a arremessando novamente contra mim, dessa vez não consegui me esquivar de forma assertiva devido ao meu cansaço e a pouca distância entre nós. O resultado? Meu torso todo marcado pelo pedregulho.

Indo ao chão, gemi de dor enquanto parte de mim se preocupava cada vez mais. Eu preciso acabar logo com essa luta, ou de duas uma: ou ele vai me devorar, ou minha energia mágica vai se esgotar, pensei enquanto tentava me levantar. Com dificuldades, e um pouco zonzo, peguei novamente o escudo que estava próximo de onde eu havia sido arremessado pelo ataque do Lestrigão.

Enquanto eu tentava bolar outro plano, escutei o gigante urrar novamente e começar a correr em minha direção. Vendo-o se aproximar de vez, um plano com alto risco de dar errado surgiu em minha mente e logo empunhei o escudo e o coloquei à minha frente, começando a correr de encontro à criatura logo em seguida.

Ainda correndo, a criatura terrestre ergueu sua clava e direcionou um ataque para frente, certamente mirando no meu corpo para quebrar minhas costelas. Entretanto, para o descontentamento da criatura, no mesmo instante eu me joguei no chão e deslizei por debaixo de suas pernas, fazendo com que eu me esquivasse do ataque e prontamente me levantasse para me aproximar de volta para próximo do seu espectro.

Vendo que não teria mais outra chance, já que o espectro já estava começando a querer voltar para o seu corpo de origem, invoquei duas agulhas espirituais em minha mão. Olhando a criatura voltar a criar outra pedra para me arremessar, rapidamente finquei uma das agulhas na região do coração do espectro. Talvez por sentir o ataque em seu corpo físico, a criatura caiu de joelhos e levou uma de suas mãos na mesma região.

Aproveitando a oportunidade, algo que eu sempre fiz em minha vida, comecei a correr novamente em direção à criatura, arremessando meu escudo para frente e contra seu pescoço. Sem conseguir reagir de forma imediata, as lâminas da borda do escudo serraram toda sua garganta, fazendo com que o monstro explodisse em um pó dourado e seu espectro sumisse.

— Eu consegui. — Disse para mim mesmo brevemente orgulhoso antes de começar a sentir a tontura após o uso de magia.

— A vitória é de René Del Fontaine! — Anunciou o juiz com minha ficha em suas mãos.

— Não me compare a alguém tão inferior, eu sou Clément...— Comecei a falar antes de começar a ser retirado da arena incrédulo por não terem falado o meu nome.

Assim que me retirei da arena, todo ferido, suado e sendo capaz de ser confundido com um pobre camponês, não medi esforços em procurar Antoine novamente antes de ir para o hospital da cidade. E pelos deuses, era melhor dar tempo de eu esfriar a cabeça, ou eu faria com ele a mesma coisa que fiz com o Lestrigão.

Como se as Moiras quisessem realmente testar a minha determinação, não tardou para que eu encontrasse o moreno, que se direcionava até a arena.

— Onde é que você pensa que vai, seu galinha? Pode ir parando que você vai me acompanhar até o hospital, pois temos muito o que conversar! — Ordenei enquanto apontava um dedo em sua direção.

— Eu vou te mostrar quem é brocha e galinha, princesinha. — Respondeu ele antes de passar por mim e adentrar a arena.

Anos se passaram, vidas se passaram, e o rapaz continuava a ter o mesmo orgulho de sempre.

Observações:

Arma Levada:

Poderes Utilizados:

Our rules, our dreams, we're blind. Blowing shit up with homenade dynamite


René Fontaine
Filho de Psiquê
René Del' Fontaine

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Ocupação : Desempregado
Idade : 22
   


Dados do Semideus
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NaturezaNatureza
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Avaliação



Recompensa Máxima da tarefa: 7.000 XP e 7.000 concórdios
Recompensa Extra do Evento: 3.500 XP

Narratividade de René Del' Fontaine: 100/100
Recompensa Final: 10.500 pontos de experiência e 7.000 concórdios.


Comentários



Cara semideus, você traz uma ilustre forma de retratar um filho de Psiquê. De cara, fui surpreendida não somente pela qualidade da escrita, como pela construção da personalidade de René, que logo na sequência expõe Clément como uma inserção de grande peso em suas ações e reações. Posso afirmar aqui que criatividade é um ponto fortíssimo em você e isso me agrada muito. Toda a estrutura dos acontecimentos segue uma lógica muito bem arquitetada não somente pelo cumprir da tarefa; você elevou o nível da coisa! O contexto possui uma quantidade ímpar de informações, o que poderia ter criado uma confusão entre algumas partes — principalmente onde Clément se insere como um "extra" —, contudo, você conduziu tudo com uma maestria excepcional!

Não demore para trazer novidades, estou curiosa!

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