Divine
Ground


[TAREFAS: ARENA DA PROVAÇÃO] — Arélia Montesano

Imagem A
Arélia Montesane
Membro da prole de Victoria
Idade
Ocupação
Nível
Imagem B
Área de tarefas
Área destinada às tarefas de Arélia Montesane referente ao evento Arena de Provação.


Arélia
Make me cry Make me smile Every night Get me high Get me low
Arélia Montesane

Imagem A : [TAREFAS: ARENA DA PROVAÇÃO] — Arélia Montesano 3d104524491c8ef76747b2ce266626fd
Ocupação : Desempregada
Idade : 24
   


Dados do Semideus
Atributos:
AtributosPontosPontos
ForçaForça• • •
DestrezaDestreza• •
AgilidadeAgilidade• •
ConstituiçãoConstituição• •
InteligênciaInteligência
CarismaCarisma
NaturezaNatureza• • •
MagiaMagia
EspiritualidadeEspiritualidade
Imagem A
Arélia Montesane
Membro da prole de Victoria
Idade
Ocupação
Nível
Imagem B
Impostor
I just need to win, no matter what.
Arélia desceu a rua asfaltada lentamente, a perna dolorida atrasando sua caminhada devido à dor constante. A semideusa conseguia relativamente andar normalmente, em uma velocidade média, mas a cada passo dado era um novo choque de dor que subia por seus músculos, alcançando seu joelho. Havia, sim, ganhado a disputa na arena e derrotado o filho de Dionísio, independente do que precisou fazer. Fora declarada vencedora, e deveria ter mais duas lutas antes de seguir para a próxima parte do torneio… o qual ela não tinha ideia de qual seria. Só sabia que, a cada dia que passava, ele se aproximava mais e mais disso, assim como as expectativas das pessoas aumentava. Apesar de serem obrigadas por Potyr (Pytori? Pyor? Arélia sempre confundia o nome do maldito prefeito), tendo que sofrer todas as suas regras, o povo parecia gostar das lutas. Os nomes dos semideuses gloriosos estavam sendo citados por Divine Ground, passeando como o vento, tendo suas façanhas e poderes como alvo de críticas e elogios por toda a cidade. Falavam da Filha de Afrodite, corajosa e brava, que parecia derrotar qualquer um, e sobre o filho de Netuno que acabara com a luta em menos de meio segundo.

Apesar de ter até vontade de assistir às batalhas (que, a cada uma, tinha a sensação de ser apenas mais um jeito de distrair as pessoas para os verdadeiros problemas que a cidade enfrentava), mas a semideusa havia descoberto que não tinha tempo para tal. Sua participação na fase 1 da competição estava feita, mas seus afazeres, nem tanto. A garota estava desempregada já fazia 3 meses. Até fazia missões e bicos para se manter na cidade, bem - e pagar seu apartamento, já que o querido do Prefeito havia tirado grande parte dos benefícios que tinha - mas precisava arrumar um emprego o mais rápido possível. Após um dia de análise dos trabalhos disponíveis, ser Guarda Costeira parecia uma ótima opção. Seria como matar dois coelhos em uma só cajadada: ela treinaria, iria combater monstros e saberia de quem entra e sai de Divine Ground, quem sabe até pegar informações do panaca que governava a cidade. Juntando tudo isso, não parecia um trabalho tão ruim assim.

Seu currículo estava guardado e dobrado em sua mochila, nas suas costas, esperando ser entregue para um Oficial da Delegacia de Nêmesis para ser analisado. Apesar de não passar a primeira melhor impressão possível com uma muleta em um dos braços e a perna enfaixada, os curandeiros haviam lhe passado apenas 1 semana de cuidados, então quando começasse a trabalhar… provavelmente já estaria 100%. Pedira para eles formalizarem a declaração, apenas por via das dúvidas. Era a situação quase perfeita. Enquanto o pôr do sol se aproximava, a estrela mãe indo em direção às montanhas que o esconderiam em breve, a rua estava sendo iluminada pela luz amarelada. Não estava tão quente, graças a Júpiter, mas mesmo assim Arélia sentia a nuca escorrer o suor de uma forma suave em direção às suas costas. Ela bufou. Havia acabado de tomar banho para ir cheirosa à Delegacia, e já estava fedendo de novo.

Apesar da temperatura agradável, as ruas da cidade já estavam todas vazias. Pelo que a Montesano sabia, uma batalha intensa estava ocorrendo no Coliseu, então todos os cidadãos haviam (leia-se: foram praticamente obrigados) ido para a arena. Respirou fundo, grata por ter se livrado dessa responsabilidade, já que era uma competidora, e virou a rua à esquerda, querendo chegar logo onde precisava. Assim que faz a curva, porém, já o enxerga: o enorme prédio é cinzento, alto, com o grande símbolo da balança de Nêmesis na frente. Sua porta de vidro estava aberta, dando para ver a parte de dentro, cheia de oficiais, que pareciam conversar intensamente sobre algum assunto. A semideusa aperta o passo, querendo chegar logo. Pela quantidade de policiais que tinham ali, ela provavelmente teria que esperar alguns bons minutos para poder ser atendida por Anne, sua ex-companheira de missões que, agora, trabalhava na recepção.

Sobiu as escadas lentamente, a dor no pé ainda a incomodando, e aproveitou que as portas de vidro já estavam abertas para poder entrar. O círculo de oficiais ainda conversava alto, parecendo discutir sobre algo ou alguém que havia sumido. Ao contrário do que Arélia achava, eles não estavam na frente da recepcionista ou aguardando para serem atendidos, e sim apenas no lugar errado, trabalhando. A semideusa foi direto para o balcão bege, livre, que combinava com o piso do lugar. Ali, uma jovem, de aparentemente 18 anos, estava sentada. Arélia olhou ao redor, procurando sua amiga, mas não a viu. Apenas a outra moça, que olhava para a tela no computador, em sua frente, e só levantou o olhar quando a filha de Victoria a chamou pela terceira vez. — Sim? — respondeu, parecendo irritada por ser incomodada. — Olá, — disse Arélia — sou Arélia Montesano, filha de Victoria. Eu gostaria de deixar meu currículo aqui, por gentile- — sua voz é abafada pela de outro policial, parecendo extremamente aflito. — Eu entendo! Entendo que o senhor ache isso, mas não! Tomei extremo cuidado para deixar todas as informações guar-

— Não, Eric, não deixou, porque se tivesse deixado, nós não estaríamos com este problema! — disse outro agente, extremamente alto. Era gordo, com uma roupa de policial amassada, o chapéu torto em sua cabeça e enormes olheiras abaixo de seus olhos amarelados — Eric, todos os membros contratados passam por uma enorme análise e procuração em seus, não tem como… — ele é interrompido por um homem mais alto, sério e negro, que olha para Arélia antes de começar a falar — Com licença, senhores, mas acho melhor discutirmos isso lá dentro — e olha novamente para os outros oficiais, querendo indicar a semideusa por ali. Arélia apenas balança a cabeça, cumprimentando aqueles que olham para ela enquanto saem do lugar, sabendo que ela não era a errada ali — O que você quer, mesmo? — pergunta a recepcionista, parecendo não ter vontade alguma de estar ali.

Arélia limpa sua garganta, começando a ficar irritada. — Eu gostaria de deixar meu currículo aqui, por favor, gostaria que entregasse para o seu superior para ser analisado. — fala, enquanto a moça em sua frente masca seu chiclete mais algumas vezes, estendendo a mão em direção à Arélia. A mais velha engole seu suspiro, trazendo a mochila para frente e pegando, dentro desta, o currículo. — Obrigada. — fala, entre dentes, e a outra solta um ‘’hum’’ de resposta. Sabendo que estava fazendo o mesmo que deixar seu currículo no lixo, a semideusa entrega para a menina o papel, e sem dizer mais nada, se vira para ir embora. Ceús, agora podia entender as reclamações sobre o atendimento público. A menina realmente fazia 0 questão de qualquer contato com o público que estava sendo paga para atender. Não sem antes dar uma olhada para a parte interna da Delegacia, onde a maioria dos policiais ainda discutiam, Arélia saiu do lugar e começou a descer as escadas, uma pulga atrás da orelha. Parecia que algo importante havia acontecido lá dentro, e algo ruim.

Será que estavam vazando dados policiais? E pareciam culpar aquele jovem pelo ocorrido. Na banca de jornal mais próxima, ao lado da delegacia, a semideusa se aproximou, querendo saber as matérias do dia. ‘’Coliseu: tudo o que você precisa saber’’, dizia uma. ‘’Pyotr: vilão ou salvador?’’ dizia outra. A terceira, porém, despertou um interesse em Arélia. ‘’Dados de semideuses são vazados e polícia está investigando culpado’’. — Com licença, — chamou o moço sentado do lado de dentro da banca, com revistas, quadrinhos e desenhos o cercando de todos os lugares — quanto é este jornal? — perguntou, e o moço levantou os olhos da revista que linha para ver qual produto Arélia se referia. Assim que o visualizou, olhou novamente para ela — É 1 concórdio, senhorita. — disse, e a semideusa logo pegou suas moedas e as entregou ao homem, pegando a folha para ler. Lentamente, voltou para os arredores da Delegacia, sentando-se em um dos bancos da frente, apoiando a muleta ao seu lado, e abrindo o papel em sua frente.

‘’Dados de semideuses são vazados e polícia está investigando culpado

Foi registrado, nesta última sexta-feira (13), o vazamento de dados de cidadães da cidade semi-divina, Divine Ground. Cerca de 100 pessoas foram afetadas e tiveram suas contas, senhas, informações pessoais e endereços vazados pela Delegacia de Nêmesis, responsável pelo controle, cuidado e luta contra o crime na cidade. O policial-chefe, em uma declaração pública, disse que estão tentando contornar a situação e estão em esforço máximo para descobrir a causa do vazamento e o responsável pela divulgação dos dados. É estimado que cerca de…’’’


Arélia ouviu uma movimentação atrás de si, e sem levantar a cabeça do jornal, sentiu alguém se aproximar, passar por sua frente e sentar ao seu lado. Quando olhou, viu que era a jovem da recepção. Seus dedos carregavam um cigarro, enquanto a outra apertava um isqueiro. Ela não olhou para a semideusa de volta, apenas acendeu o objeto e deu uma longa tragada, aspirando a fumaça para acima das duas. A filha de Victoria ficou quieta, voltando sua atenção para o o papel em sua frente, querendo ler o restante da matéria.

‘’... de 10000 dados vazados, incluindo dados da Delegacia, Abrigo dos Deuses e pelo próprio governo da cidade, atualmente tendo como prefeito o …’’

— Interessante, não? — fala a jovem, ainda sem olhar para a semideusa. — Desde que o Coliseu começou, o crime da cidade aumentou cerca de 67%. Os produtos tiveram um aumento de 10% de valor, e ninguém mais pode fazer porra alguma por contas das regras. E os que podem, estão presos. — disse, dando outra tragada no cigarro — Quero ver onde essa cidade vai parar, daqui a pouco. — falou, e Arélia apenas franze o cenho. A menina tão mal-educada, parecendo não querer estar ali, estava puxando assunto com ela sobre política? — Ah… sim? — concordou a semideusa, confusa com a situação. O silêncio reinou entre as duas, por alguns instantes, até a mulher soltar mais uma baforada de cigarro — Mas podemos mudar isso. — falou, firme, e olhou de esguelha para a outra semideusa. Arélia, que encarava o jornal sem realmente conseguir lê-lo, levantou os olhos.

— Você fala da rebelião? — fala, pensando nos diversos protestos que aconteciam em frente às instituições da cidade, nos cartazes sendo arrancados, no próprio ódio do povo, verbalizado, por ter que passar pelo que estavam passando — Sim. E, se você quiser se juntar à diversão, — ela respira fundo, levando o cigarro até a frente da boca novamente — eu tenho uma ou outra oportunidade. Oportunidade essa que pode acabar levando seu currículo até mais rápido para o chefe da polícia… novo. — diz. — Novo? — Arélia franze a sobrancelha, encarando a menina que de repente parecia ter 40 anos — O que você…

— Orianna? — uma voz grossa é ouvida, e Arélia e a menina ao seu lado viram para trás ao mesmo tempo. Era gordo, com uma roupa de policial amassada, o chapéu torto em sua cabeça e enormes olheiras abaixo de seus olhos amarelados — Sua pausa acabou. — diz, apontando para dentro da Delegacia. A menina ao seu lado - Orianna - se levanta, jogando o cigarro no chão e o amassando logo em seguida — Claro, chefe — diz, não sem antes colocar as mãos em seus bolsos e entrar para o local em sua frente sem dirigir mais nenhuma palavra à outra semideusa. Juntos, os dois entram na Delegacia novamente, enquanto a filha de Victoria se pergunta o que diabos acabara de acontecer - até que, no chão, vê um papel. Arélia pisa em cima, aguardando algum tempo antes de se abaixar e pegar e, assim que o abre, lê uma mensagem em um garrancho feio e deitado.

‘’Sei quem está vazando os dados. Me auxilie a pegá-lo.
1 GEER RD
CHAFFEE 14030-9503
N° 8.
USA

19h00’’

-
Eram 18h48 quando Arélia chegou. Ela se sentou em um banco simples de madeira, segurando o celular em sua mão. Havia enviado sua localização para pelo menos 3 amigos, só por via das dúvidas, inclusive Anne, a colega recepcionista da Delegacia de Nêmesis - que, aliás, parecia estar de folga. Enviara mensagens para ela falando sobre a outra recepcionista, sobre o suposto vazamento e questionando se ela sabia de algo, mas não teve resposta. Talvez estivesse na arena, talvez em um dos seus muitos encontros… a semideusa não sabiam, mas, só por via das dúvidas, a cada 5 minutos checava o celular para ver se ela havia alguma nova notificação da garota.

Nada até aquele momento. 18h50.

Arélia tentou não deixar óbvio o quanto estava nervosa. Seu pé bom batia no chão sem parar, fazendo os segundos passarem mais devagar e os minutos serem uma eternidade. Olhava para os lados com frequência, procurando a recepcionista jovem ou qualquer outra pessoa familiar, mas apesar de ser uma rua movimentada, ninguém que a semideusa conhecia passava por ali. Olhou o celular de novo: nenhuma mensagem. Eram 18h52. Bufou, pensando se havia sido enganada por alguma aposta irritante, ou apenas um trote. A jovem menina parecia tão séria quando falava com ela… será que realmente estava só fazendo graça de sua cara?

18h53.

Encarou a loja na frente de si. Era de um fast food famoso em Divine Ground; Food and Monsters. A maioria dos jovens que saíam da escola almoçavam por ali, ou era comumente pedido pelos aplicativos para o lanche ser entregue em casa. O fato era que praticamente todo mundo sempre comia - ou já havia comido naquele restaurante. Arélia olhou pelo vidro, encarando a parte de dentro do lugar, vendo as pessoas sentadas, a maioria uma de frente para a outra, conversando. Tinha um casal de velhinhos, conversando, a senhora levando, lentamente, a batatinha até sua boca, a mão tremendo pelo que parecia ser o esforço de fazer tal movimento. O senhor, ao seu lado, aparentando ser mais novo, a ajudava, servindo a coca em sua boca e cortando pedaços do hambúrguer para ficar mais fácil de mastigar. Arélia sorri, vendo o amor e amizade mútua ali, passando os olhos entre os outros clientes do lugar.

Um deles, uma menina jovem, parecendo ter seus 18 anos, a encarava profundamente. Arélia sentiu seus ombros ficaram tensos, e ela imediatamente se levantou, quase correndo para entrar no restaurante. Orianna. Havia abandonado a muleta - achava que já conseguia andar quase normalmente sem o objeto - e pegou apenas seu celular para ir em direção à garota. Abriu a porta rapidamente, se virando para seguir até o banco avermelhado e acolchoado que ela estava sentada. Atrás dela, porém, reconheceu outra pessoa: o mesmo policial que as haviam interrompido e que gritava no saguão: O Chefe da Polícia. A semideusa rapidamente se largou no banco antes que ele prestasse atenção em si, ficando frente a frente com Orianna. — Oi... — fala, baixo, e ela faz um movimento estranho com as mãos, quase imperceptível. De repente, ela não tem mais a aparência da garota que Arélia ‘’conhecia’’, mas sim de um homem alto, magro, com uma jaqueta jeans chamativa e um cabelo grande e liso que escorria por suas costas.

— Hécate — diz ela, baixinho, e a filha de Victoria entende perfeitamente na mesma hora: ela estava manipulando a névoa para se disfarçar. Mas que inteligente! Antes que ela abrisse a boca, a garota - ou o homem, enfim, a pessoa em sua frente, fez o mesmo movimento mais uma vez, e Arélia soube que ela mesma estava mudando de aparência. Não sabia o que tinha se tornado, mas conseguia sentir, em si, um peso, uma sensação diferente de que algo havia mudado. — Consegue vê-lo? — pergunta ela, e a filha de Victória concorda. Conseguia ver a cabeça do homem, sua expressão fechada e o rosto sério, enquanto encarava a batata frita em sua frente com os olhos distraídos, sombrios. — Só espere. — diz a filha de Trivia, e a outra semideusa aguarda, se perguntando no que diabos ela queria fazer.

Havia se enfiado em uma ‘’operação’’ para descobrir quem estava vazando as informações da polícia de Divine Ground, mas ela nem era polícial. Talvez Orianna estivesse a arrastando para serem presas juntas, na cadeia. A palavra de Arélia teria que bastar para quem a prendesse, ou ela fugiria daquele lugar até o próprio inferno para matar aquela moça em sua frente. Estava, afinal, espiando um chefe de polícia! E ainda tentava concorrer a uma vaga de emprego na mesma delegacia. Ela jamais iria conseguir aquele contrato de admissão, e talvez já devesse preparar seu currículo para outra área mais fácil. — Espere… — repetiu a semideusa em sua frente, enquanto os olhos de Arélia iam do policial em sua frente para os balcões de comida. Elas deveriam pedir algo para comerem enquanto esperavam. Não parecia uma má ideia.

— Aí está. — disse a voz grossa em sua frente. Arélia quis se virar, mas não achou que seria uma decisão inteligente. O moço em sua frente (Orianna) encarou alguém por meio segundo e, depois, pegou nas mãos da garota em sua frente (será que estava disfarçada de garota?), fazendo carinho e abrindo um sorriso grande, fingido, com os dentes perfeitos — Entendeu, meu bem? — disse, ao mesmo tempo que um homem que acabara de entrar passava ao lado das duas. Era alto, com uma jaqueta jeans, preta, e um cabelo negro perfeitamente cortado. Era estranhamente familiar para a semideusa. — Sim, claro — respondeu, tentando tirar os olhos dourados do cara que passou e, depois, se sentou na mesa em sua frente, junto ao policial chefe. — O que você gostaria de pedir? — perguntou Orianna, enquanto encarava Arélia fixamente nos olhos. — Acho que um McMonster. — Falou, ao mesmo tempo que o policial chefe começava a falar — Estou de folga, hoje. Está com o pagamento? — perguntou, e a menina respondeu — Tudo bem, vou pedir um Mc Monster e um McFritas, acho, consegue chamar a garçonete?

— Sim. Está com o pen drive? — perguntou, ao mesmo tempo que Arélia olha ao redor, procurando alguém para chamar para pedir seu lanche — Sim. — o chefe de polícia respondeu, e a semideusa consegue ouvir um barulho metálico, algo sendo arrastado em cima da mesa, e, logo depois, um estrondo. Arélia só sente seu corpo sendo arremessado para longe, se chocando contra algo duro, que imediatamente cede ao seu peso. Seus pulmões ficam sem ar pela batida forte, as costas berrando de uma dor intensa por serem o principal ponto atingido. A semideusa tosse com dor, enquanto ouve gritos ao seu redor ao mesmo tempo que passos pesados de pessoas correndo, desesperadas, em uma só direção. — Como ousas?! — ouve, um pouco ao longe. Ela abre os olhos, deitada no chão, os braços tentando sustentar seu peso para se levantar.

Ao longe, estava Orianna. Ela também havia sido arremessada, mas batera no painel de cardápio, onde estava a maioria dos lanches e seus preços. Indo em sua direção estava o Chefe de Polícia, que, Arélia reparou, tinha o distintivo agora pendurado em sua camisa. Olhando para a mesa onde estavam, o moço de preto se levantava, guardando algo em seu bolso do casaco. O que diabos… — Desculpe, pessoal, pela bagunça — dizia ele para os poucos funcionários do outro lado do balcão, que o olhava assustados — Essas duas mocinhas são procuradas pela polícia há pelo menos 1 ano por conta de roubo e estelionato. Não podia deixá-las escaparem. — mentiu ele, e se abaixou na frente de Orianna, que gemia de dor. — Não! — berra Arélia, enquanto se levanta, e o chefe olha em sua direção apenas para soltar um grito alto de pura dor.

Orianna tinha a mão preta, meio arroxeada, e segurava no braço do policial. Onde ela encostava, uma mancha enrome parecia tomar conta e crescer, enquanto o corpo do homem tremia, parecendo ter tido levado um choque. Arélia, aproveitando a chance, se levanta de vez, correndo em direção ao chefe de polícia ao mesmo tempo que arranca o colar de seu pescoço, o transformando imediatamente em uma lança grande, feita de ferro estígio. Ela berra enquanto arremessa a arma para contra o corpo masculino, intensificando seu ataque com suas habilidades. O ataque acerta a barriga de raspão, pois, ao mesmo tempo, a semideusa sente um forte vento vindo em sua direção, fazendo seu próprio corpo ser empurrado para trás. Ela precisa fazer força no chão para se manter no mesmo lugar, e fecha os punhos enquanto foca e canaliza uma Nikai atrás do homem. Seu corpo era feito de bronze, em uma cópia idêntica à mãe de Arélia, e suas asas, enormes, que se abriam para se preparar ao ataque.

A filha de Trivia, em uma rapidez que Arélia não achava ser possível, aproveita a distração para correr em direção à porta do recinto. Fugindo ou perseguindo o garoto de preto, ela não sabia dizer, mas também não conseguia desviar a concentração ou olhar pra descobrir — Eu me tornei Chefe de Polícia por uma razão, criança! — berra o homem em sua frente, enquanto se levantava do chão, ainda meio curvado e com o sangue do ferimento na barriga escorrendo e manchando sua roupa — Não me subestime! — grita, antes de, o vento parar por meio segundo antes de vir novamente, dessa vez mais forte, e jogar Arélia para trás, na parede, novamente.

Ao mesmo tempo, a Nikai atrás do homem o golpeia, acertando seu ombro esquerdo em cheio e fazendo o homem ser empurrado para frente — Criatura infeliz! — grita, enquanto ele mesmo saca seu distintivo, o atirando no chão. O objeto cresce assim que encosta no piso, se tornando uma longa lança dourada, com o cabo amarronzado e o topo brilhante, ávido para provar um pouco do gosto da acidez do sangue. Ele pega a lança e tenta atacar a Niceia, que utiliza a sua própria para bloquear. As asas douradas sacudiram pela força que fazia. Arélia, sentindo seu interior doer, tenta se levantar. Sabia que provavelmente tinha quebrado uma ou duas costelas, a dor tomando conta de si quase instantaneamente, como uma pedra no rim duas vezes pior. Ela arfa, enquanto coloca a mão em cima da onde achava estar quebrado, apenas para sentir a dor se intensificar.

Um barulho de metal no chão é ouvido, e a semideusa levanta os olhos a tempo de ver sua Niceia no chão, caída, e a lança, longe. — Tsk — diz o homem, se virando de costas para a criatura e olhando para a semideusa — É uma pena, você é tão jovem — fala, enquanto ergue a mão em sua direção. Arélia sente o ar evaporando de seus pulmões, sumindo e saindo de sua boca para qualquer lugar, menos dentro de si. O desespero toma conta dela completamente, fazendo-a esquecer as costelas e levar as mãos ao pescoço de imediato. Arregala os olhos em direção ao homem, que tem o rosto sério, fixos nela. Arélia, tenta se mexer, se levantar, mas seu corpo não a obedece, e apenas implora por ar, por uma fração de oxigênio que pudesse utilizar. Ela sente a visão ficando embaçada e turva, enquanto enfraquece.

Então seria assim? Essa seria a sua morte? Abandonaria seu pai para frente, sua madrasta? Suas irmãs? Ela ainda não tinha nem namorado na vida dela. Ela ainda não vivera. Acreditava que Divine Ground era um lugar seguro, que não precisaria se preocupar e viver em paz. Mas ela não fora forte o bastante, esperta o bastante, tido experiência o bastante para derrubar aqueles que queriam seu mal. Seu sonho de vida, ficar invencível para voltar ao Brasil e conseguir proteger sua família, nunca se realizaria, porque ela ainda não estava pronta. Esse era seu fim.

Não. Ela não iria deixar. Ela era mais forte que isso.

Com seus últimos fios de consciência, ordena que a Niceia se levante. O bronze brilha e reflete com a luz do lugar, mas ele não parece reparar. A Nikai pega sua lança, que havia arremessado mais cedo, e que havia continuado fincada no chão. Com passos leves, se posiciona atrás do homem e, com força, o atinge na espinha. O sufoco de Arélia para, o ar entrando até seus pulmões e os aliviando instantaneamente. Ela tosse, enquanto olha para cima a tempo de ver o homem arregalar os olhos, enquanto olha para baixo, para seu corpo atravessado por uma lança. Dúvida e confusão parecem tomar conta dele, enquanto ele dá alguns passos tropeçados para trás, o corpo logo cedendo e caindo. Ao mesmo tempo, a porta se abre, com força, e Orianna entra. Sua cabeça sangrava e seu lábio estava cortado, além do braço, pendurando de uma maneira estranha. Ela carregava pela jaqueta, atrás de si, o mesmo cara de preto que haviam visto mais cedo, parecendo inconsciente.

— Parece que você lidou bem com esse daí — fala, e Arélia solta um riso ao mesmo tempo que soluça, deixando o corpo cair e encostar na pilastra atrás de si — Pois é. — As duas se encaram por meio segundo e, depois, caem na risada.

-

‘’Mc Food Monster termina finalmente as obras após 1 semana do ataque.

O fast food mais famoso de Divine Ground, Food Monster, finalmente terminou suas obras em sua unidade da rua 1 GEER RD, CHAFFEE 14030-9503, N° 8. O restaurante foi o lugar em que Alastor Clint, semideus filho de Éter e ex-chefe de polícia da Delegacia de Nêmesis e Willy Sam, um semideus filho de Kairós e procurado há 3 anos pela polícia, foram presos por Arélia Montesano, filha de Victoria (deusa romana da vitória), e Orianna Flint, filha de Hécate (deusa grega da magia). As duas mulheres haviam descoberto sobre os tramas de vazamento de dados, feito por Clint, para os semideuses do submundo de Divine Ground em troca de um pagamento em alto valor, e filmaram o ocorrido. O fast food acabou sendo afetado na briga entre os quatro semideuses após a Clint descobrir sobre a filmagem, que resultou na prisão dos dois homens e paralisia total do corpo do filho de Éter. Os dois serão julgados nessa terça-feira, 6, e as mulheres receberam agradecimentos especiais da cidade por seu trabalho feito.

Contudo, o dono do restaurante, Alastor Wood, não parece muito feliz por sua unidade ter sido escolhida como lugar de briga. Em sua entrevista para o Jornal, ele declarou estar feliz pela prisão dos criminosos, mas o dano ao local foi intenso, e quer que alguém compense pelos aparelhos danificados. Arélia Montesano e Orianna Flint infelizmente tiveram que arcar com parte dos danos e contribuíram com determinados valores para o local ter sua obra finalizada.’’




Arélia
Make me cry Make me smile Every night Get me high Get me low
Arélia Montesane

Imagem A : [TAREFAS: ARENA DA PROVAÇÃO] — Arélia Montesano 3d104524491c8ef76747b2ce266626fd
Ocupação : Desempregada
Idade : 24
   


Dados do Semideus
Atributos:
AtributosPontosPontos
ForçaForça• • •
DestrezaDestreza• •
AgilidadeAgilidade• •
ConstituiçãoConstituição• •
InteligênciaInteligência
CarismaCarisma
NaturezaNatureza• • •
MagiaMagia
EspiritualidadeEspiritualidade
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Pandora
Deuses
Idade
Ocupação
Nível
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Avaliação



Recompensa Máxima da tarefa: 5.000 XP
Recompensa Extra do Evento: 2.500 XP

Narratividade de Arélia Montesane: 90/100
Recompensa Final: 6.750 pontos de experiência e 2.250 Concórdios


Comentários



Minha pequena prole de Victória, que tarefa emocionante. Gostaria de começar minha avaliação comentando o quão formidável foi ver sua narração abordando vários detalhes de Divine, pontuando diversas localizações, introduzindo personagens de forma muito adequada e divertida, pontuando comércios e utilizando tudo aquilo que há de cenários na cidade. Foi genial!

Além disso, gostei bastante do enredo da sua história pois me trouxe aquela sensação divertida de que mesmo em um mundo rodeado de semideuses, também somos humanos precisando de empregos e passando por situações comuns. Meus parabéns, Arélia, sua criatividade foi fantástica nessa história, sendo muito bem desenvolvida e fechadinha.

Todavia, infelizmente tive que realizar descontos enquanto organização do texto em si. Sendo um evento que ocorre em on, é de extrema importância que você pontue o dia e o horário em sua missão, conforme consta nas regras das tarefas. Pode parecer um pequeno detalhe, mas foi a falta desse elemento que me fez ficar um pouco perdida sobre o que estava acontecendo de fato na sua tarefa, visto que você pontua o dia 13 e não me dá um parâmetro se esse dia 13 foi a uma semana atrás ou apenas um antes de ontem. E essa informação é crucial, visto que em on o evento só vai até o dia 15. Da mesma forma, não me dá parâmetro para saber quando foi que você lutou, se você ainda irá cumprir a uma semana de repouso ou se essa semana já estava acontecendo.

Devido a essa falta de ordem cronológica ficou difícil assimilar a linha do tempo de eventos e de como isso de fato impacta você devido aos dias. Além disso, houve alguns breves momentos do texto que fiquei um pouco perdida em saber se você estava falando de uma mesma personagem ou se eu havia perdido a apresentação de algum novo personagem:

- Em momentos você chama Orianna de filha de Hécate e em outros de filha de Trívia e de começo fiquei realmente me questionando se era a mesma semideusa.

- A fala em azul "Criatura infeliz!", que me fez pensar se era o policial ou algum outro comparsa dele.

Para uma melhor organização, dou a sugestão de colocar em spoiler uma pequena legenda, para separar os personagens. Além disso, pontue também quais poderes você utilizou durante a narração da história, bem como os itens. Isso nos ajuda na hora da avaliação!

Ademais, volto a dizer, foi uma excelente e divertida tarefa, Arélia!

Pandora

Imagem A : [TAREFAS: ARENA DA PROVAÇÃO] — Arélia Montesano Yix3LTv
   

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