[COLISEU: ARENA DA PROVAÇÃO] — ADAM PREWETT
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[COLISEU: ARENA DA PROVAÇÃO] — ADAM PREWETT EM Sáb Abr 27, 2024 4:32 pm
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Re: [COLISEU: ARENA DA PROVAÇÃO] — ADAM PREWETT EM Sáb Abr 27, 2024 6:46 pm
vs harpia |
Adam estava ansioso. Sentado naquele banco, enquanto esperava sua vez de mostrar seus talentos de luta para os outros residentes de Divine Ground, o semideus não parava de mexer sua perna. Já tinha roído todas as suas unhas das mãos, chegando a ferí-las. Sempre fora o melhor quando não morava na cidade dos semideuses, mas, ao chegar ali, percebera que era só mais no meio de tanta gente talentosa. Aquela era sua oportunidade de mostrar a todos como era bom.
A verdade é que passaram-se anos desde a última vez que se colocara cara a cara com um monstro. Desde que havia chegado na cidade, o filho de Éter focara em treinar o bastante para se tornar o melhor semideus dali, no entanto, nunca tomara coragem suficiente para caçar as criaturas que viviam ao redor de Divine Ground.
Girava incansavelmente o anel em seu dedo. Precisava mostrar que não estava nervoso. Tinha que mostrar confiança. Respirou fundo e parou com seus tiques nervosos. Quando Caleb Foster, um filho de Kairós, foi chamado, Adam desejou aos deuses que tivesse aquela postura. Óbvio que o outro teria confiança, era um Guarda das Fronteiras, enfrentar monstros era sua rotina.
A luta pareceu demorar, ou o tempo estava passando devagar na cabeça ansiosa do meio-sangue. Quando seu nome ressoou, para que todos ali ouvissem, o semideus sentiu suas entranhas derretendo. Não tinha mais volta. Lutaria na frente de toda Divine Ground. Estava tão tenso que podia ouvir seu coração batendo e seus passos no chão de terra, mesmo que o falatório nas arquibancadas tornasse tudo meio confuso. Adam sentia cada vibração.
Do lado oposto ao seu, em uma cela gradeada, o monstro grasnava e arranhava as barras de ferro. Prewett suspeitava de qual de se tratava e, com um gosto amargo, lembrou-se do dia em que deixara os tios. Não seria uma luta fácil, tanto física quanto emocionalmente.
“O confronto de agora será Adam Prewett, filho de Éter, contra uma Harpia” anunciou uma voz grave, vindo de todos os autofalantes.
Quando a cela se abriu, a Harpia, que tinha facilmente o tamanho de um humano, voou em um rasante para o centro da Arena. Todos gritaram quando ela pousou a não muitos metros de seu adversário. O monstro deu um grito rouco, porém alto. Adam não se deixou intimidar, no entanto, sentiu seus ouvidos zumbindo. Ativou Mercy, sua lança, e se posicionou para o combate.
A Harpia deu o primeiro bote. Alçou um voo alto e, como uma ave de caça, desceu em sua direção com uma agilidade impressionante. Adam fez uma tentativa de interceptar o rasante com sua lança, mas a criatura percebeu a intenção do semideus e, por pouco, conseguiu desviar.
O movimento a levou mais para longe, dando tempo de Prewett pensar em uma estratégia. Precisava acertar suas asas, assim a luta se manteria ali no chão, e ela não teria mais como dar aqueles rasantes. Mas a maldita, apesar do tamanho, tinha uma agilidade descomunal. Quando a ave voou em sua direção para mais uma investida, o semideus lhe acertou com a parte plana da lâmina de sua lança, desviando o corpo do monstro, que desequilibrou e caiu rolando no chão. Adam ouviu a multidão vibrar com o golpe e, aproveitando o momento, correu para cima de sua inimiga.
Prewett já estava perto o bastante para fincar a ponta da lâmina em sua oponente quando ela gritou ainda mais forte. Sentiu seu corpo todo arrepiar e sua mão fraquejar na haste de Mercy. A dor de cabeça foi instantânea, parecia que seu crânio ia rachar no meio e depois ser pulverizado. Os ouvidos latejavam. Os joelhos quase cederam. Quase.. Ele não deixaria aquela maldita ganhar. Precisava mostrar como era bom. O prefeito estava de olho… ele precisava ganhar a luta.
Um minuto depois, a Harpia não estava mais à sua frente. Com a mente enevoada, o filho de Éter olhou ao redor, acima dele, tentando encontrá-la. Balançou a lâmina de um lado para o outro, a fim de evitar qualquer ataque vindo do céu. No entanto, o rapaz, que ainda não conseguira se recuperar totalmente daquele grito atordoante, não percebeu quando a adversária o pegou por trás. Fincando suas garras no ombro de Adam, a Harpia o levou para o alto, para o céu. O grego sabia que precisava se livrar antes que tomassem muita altitude. Cair lá de cima era sinônimo de morte.
Ele deu uma estocada no abdômen do monstro, que guinchou, mas não o soltou. As arquibancadas começavam a ficar pequenas e as pessoas menores ainda. Podia sentir a tensão dos espectadores, sabia que muitos provavelmente estavam confabulando entre si as possíveis estratégias que o semideus poderia usar.
Quando estavam bem no alto, a ave o largou. Adam sentiu seu corpo despencando em queda livre. Sabia que estava indo rápido, mas, em sua cabeça, aquele momento passava lentamente. Mercy escapou-lhe das mãos, caindo ainda mais veloz que seu dono. No ar, a Harpia o atacou. A investida diminuiu ainda mais a distância entre ele e o chão. Adam tentava agarrar-se, inútilmente, a qualquer coisa. Mas nada havia ali. Percebeu o juiz se aproximando. Não… ele não podia acabar assim ali, como em um conto de fadas, onde outra pessoa sempre acaba salvando o protagonista.
A sensação de queimação tomou conta de suas escápulas, parecia que suas costas estavam abrindo. Queria gritar, porém não o faria. Um par de asas douradas surgiu proveniente das omoplatas. Pareciam pesadas, todavia, Adam sentia como se fossem uma extensão de seu corpo. Nunca tinha utilizado tal poder, não sabia nem que conseguia fazer aquilo. Não conseguiu esconder um sorriso no canto da boca. Cada célula sua lutava para viver.
Observou que sua lança ainda caía abaixo dele e, dando um impulso, conseguiu alcançá-la antes que a mesma chegasse ao chão. Fez uma manobra antes de atingir o solo, voltando para o alto, pronto para duelar com a Harpia de igual para igual. A plateia urrava e gritava palavras de incentivo. Prewett segurava Mercy com as duas mãos enquanto sobrevoava o Coliseu. Avançou contra o monstro, preparado para arrancar uma de suas asas. A criatura não se intimidou pelo halo dourado que flutuava acima da cabeça do semideus, voando em sua direção também. Adam girou a lança nas mãos, atacando a Harpia com um golpe em arco de cima para baixo, errando por pouco.
Os dois ficaram batalhando no céu pelo que pareceram minutos intermináveis. A Harpia lhe atacava com as garras afiadas, tentando investidas, até mesmo mordidas. Adam desferia golpes perfurantes e cortantes, numa tentativa de fazer com que o monstro perdesse um pouco de agilidade, já que esse era um dos maiores trunfos dele. Os dois, que possuíam poderes de aerocinese, fizeram uma tempestade tomar conta do cenário, levantando terra para todos os lados. Manter-se em pleno voo no meio de toda aquela ventania com certeza era desafiador.
Prewett conseguiu abertura em uma estratégia arriscada. A harpia, que era mais veloz, tentou outra investida no céu, com as garras das mãos à mostra. O filho de Éter esperou até o último segundo. Assim que desviou, o jovem lhe desferiu um golpe na horizontal, atingindo as costas da criatura com a lâmina de Mercy. O impacto, além de ferir sua oponente, a fez ser impulsionada para o chão. Estando ferida, a Harpia não conseguiu manter o voo, colidindo contra o solo. A queda faria qualquer ser humano quebrar todos os ossos.
Porém, Adam não estava satisfeito. Não enquanto ela não virasse poeira pela lâmina de sua lança. Aproximou-se do monstro. Uma aura de trevas começou a ser emitida pelo filho de Éter, cobrindo parte do território ao seu redor de pura escuridão. Viu o olhar confuso da Harpia durante poucos segundos. Como vácuo, o corpo dela foi puxado para perto do grego que, com um único golpe, cravou a lança em seu abdômen. A criatura transformou-se em areia enquanto dava seu último grito.
Adam só teve tempo de pousar. Sua visão ficou turva, as asas desapareceram, assim como a escuridão ao seu redor. As pessoas gritavam, enquanto a vitória do filho de Éter era anunciada. A dor dos ferimentos causados pelas garras de sua inimiga queimavam, mas Prewett não ligava. O importante era que havia vencido. E vencido com a glória e estilo.
- itens utilizados:
Nome do item: Mercy
Descrição: Mercy é um lança de 2m de comprimento. Seu cabo, feito de carvalho e recoberto de bronze celestial para garantir mais resistência, mede um metro e sessenta, sendo decorado com gravuras de asas por toda a sua extensão. Possui uma lâmina triangular de vinte e cinco centímetros. Na outra extremidade, tem uma lâmina menor, tão afiada quanto sua oposta, geralmente usada para perfuração. Ambas as lâminas são feitas de bronze celestial. A arma se transforma em um anel de metal quando não está sendo utilizada.
Material: Bronze Celestial
Efeito 1: não possui
Efeito 2: não possui
Estado do item: Normal
Nível mínimo para manuseio: 1
- Habilidades e poderes:
Aptidão para: Lança
Porcentagem da aptidão: 60%
2. Aptidão para Espadas ou Lanças
Descrição: Desde o início de sua jornada, filhos de Éter desenvolvem mais aptidão para um armamento que remete ao deus. Ao comprar esse poder, o meio-sangue escolhe na hora da atualização se quer para espadas ou lanças.
Nível 1: O primeiro nível garante 50% de aptidão para a arma escolhida do filho de Éter.
3. Rajada de Vento
Descrição: Manifestação básica de controle de ar, herdada por todo filho de Éter. Com ela, ele pode controlar o ar ao seu redor para criar uma rajada intensa de vento que causa dano elemental de impacto em seus oponentes. Para medir a chance de acerto desse poder, considera-se o atributo Natureza.
Nível 1: No primeiro nível, ao custo de 40 pontos de mana, ele pode emitir uma rajada de vento que causa 20 pontos de dano elemental com alcance de até oito metros a partir de seu corpo numa área de cone. Há um intervalo de dois turnos entre cada uso desse poder.
4. Amigo da Atmosfera
Descrição: Filhos de Éter possuem uma afinidade maior com a natureza no âmbito atmosférico, obviamente, por conta de seu pai. Para termos de jogo, essa afinidade é traduzida através de uma melhoria do atributo Natureza.
Nível 1: Nesse nível, o semideus recebe 20% de bônus no atributo natureza. A probabilidade de acerto dos ataques naturais aumenta em 5%.
Nível 2: No segundo nível, o bônus aumenta para 40% no atributo natureza. A probabilidade de acerto dos ataques naturais aumenta em 10%.
11. Supernova / Estrela Negra
Descrição: Poder principal do ramo, onde o filho de Éter aprende a extrair o potencial máximo da manipulação da Luz e Trevas. Com ele, o meio-sangue se torna capaz de trazer destruição aos seus inimigos, seja por meio da luz castigadora, ou das trevas supressoras. Para medir a chance de acerto desse poder, considera-se o atributo Natureza. A regra de escolha entre Luz e Trevas ainda é mantida.
Nível 1 (Trevas): Inicialmente, ao custo de 40 pontos de mana, o filho de Éter emite uma aura de trevas ao redor dele numa área de até vinte metros. Aqueles atingidos por ela (pode preservar aliados), sofrem 10 pontos de dano elemental e são puxados em sua direção naquele turno (testa o peso possível de se levantar com a tabela de Força, mas usando o atributo Natureza no lugar; se for maior, ou igual, o puxão acontece). A distância máxima percorrida pelo puxão é de dez metros, à vontade do filho de Éter. No turno seguinte, ele pode utilizar esse poder novamente (sem gastar mana, aproveitando a escuridão ambiente) para provocar o efeito contrário: afastar as vítimas na mesma distância máxima do puxão, causando mais 10 pontos de dano elemental a elas. Vítimas atingidas pelo puxão sofrem uma redução de 60% em suas chances de defesa contra o empurrão. Ou seja: são realizados dois testes de dados e, em caso de falha por parte das vítimas, elas perdem a ação de movimento no turno seguinte aos efeitos de puxão e empurrão. Há um intervalo de três turnos entre cada uso desse poder.
12. Aítho
Descrição: Dentre as várias vantagens de se especializar nesse ramo, está também a melhoria no atributo natureza, posto que este está relacionado aos dois elementos chaves de Aítho: luz e trevas.
Nível 1: Nesse nível, o poder confere 10% de bônus no atributo natureza do meio-sangue.
13. Bênção Divina
Descrição: Guerreiros Celestiais é o ramo que melhor traduz o título de celestial de Éter, título este que é transferido a alguns de seus filhos que recebem a Bênção Divina. No momento em que esse poder é ativado, um halo divino surge ao redor do meio-sangue, indicando que sua transformação foi iniciada. Essa transformação, uma vez ativa, dura até o fim do tópico, ou até o semideus querer encerrar. Caso o faça, pode começar a evolução no turno seguinte, mas do início. Os estados Zeloso, Ascendido e Transcendido acumulam seus bônus. Além disso, nesses estados, o filho de Éter não pode ser curado por itens, ou encantamentos, no máximo por poderes de árvore de outros semideuses.
Nível 1: Pagando 40 pontos de mana, o semideus ganha 10 pontos de vida máxima que escalam com o bônus de vida para invocações do atributo Natureza. Pelo resto do tópico, ele será considerado Zeloso. Nesse estado, ele ganha um par de asas angelicais douradas e pode voar até vinte metros de altura sem problema, sendo capaz de se mover no ar como faria em terra.
- Tarefa realizada:
• "É hora de se provar" — Seu personagem foi um dos voluntários nas batalhas da Arena da Provação. Talvez por precisar de dinheiro, ou apenas desejar a fama. Seja como for, durante uma das lutas, ele foi um dos competidores a enfrentar um monstro ou outro semideus diante da grande audiência. Sua tarefa, portanto, consiste em narrar como foi essa batalha. É possível levar apenas uma arma para o confronto realizado individualmente. A escolha adversária fica a critério do próprio jogador, podendo ser tanto um monstro quanto um semideus. O monstro fica à sua escolha dentre os disponíveis no bestiário do fórum (recomenda-se enfrentar algum que faça sentido para seu nível). Caso a escolha seja outro semideus, este deverá ser um NPC criado pelo jogador, podendo ser livre para escolher afiliação divina, gênero, nome e personalidade. Tratando-se de uma batalha autonarrada especial, não é preciso rolar dados. Ainda assim, os avaliadores ficarão atentos nas ações narradas, podendo descontar pontos por oponentes mal interpretados ou aproveitados (quando não atacam ou não se comportam de maneira adequada). Matar o monstro é uma obrigação. Se for um semideus, não; na menor possibilidade de morte, o juíz irá interferir a batalha. A arena do Coliseu é feita de chão de terra comum e não há nada no cenário que possa ajudar. Por fim, essa tarefa possui riscos: caso a narração da batalha seja fraca ou absurda demais, o avaliador pode punir o personagem com ferimentos maiores que os narrados.
Slots: Essa tarefa pode ser realizada apenas uma vez por cada um dos participantes do evento
Recompensas: 7.000xp e 7.000 concórdios.
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Ocupação : Desempregado
Idade : 24
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Re: [COLISEU: ARENA DA PROVAÇÃO] — ADAM PREWETT EM Dom Abr 28, 2024 9:20 pm
Avaliação
Recompensa Máxima da tarefa: 7.000 XP e 7.000 concórdios
Recompensa Extra do Evento: 3.500 XP
Narratividade de Adam Prewett: 100/100
Recompensa Final: 10.500 pontos de experiência e 7.000 concórdios.
Comentários
Caro semideus, eu simplesmente adorei a sua escrita. Em uma narrativa, particularmente, existem algumas coisas que me agradam muito. No seu caso, estou falando do fator personalidade. É incrível ver como toda a narrativa envolve sentimentos e reações de Adam como um adicional e não uma menção seca para completar um parágrafo e somente isso. Inclusive, você usou algo que muitos terminam ignorando ou deixando para um background que quase nunca é salientado; a ansiedade. Tudo está muito "limpo", sem uma divisão severa de começo, meio e fim. Você foi objetivo, passou entre as partes sem enrolar ou fazer algo muito cru, e conseguiu desenvolver bem todo o contexto.
Meus parabéns!
Descontos realizados nas barras de status para dar um aspecto de realidade ao combate!
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