[Coliseu: Arena da Provação] — Atthos Corrigan
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[Coliseu: Arena da Provação] — Atthos Corrigan EM Ter Abr 23, 2024 10:36 pm
participantes: Atthos CorriganNeste tópico estarão reunidas as tarefas de Atthos Corrigan, considerando apenas aquelas que serão realizadas dentro da Arena.
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Ocupação : Desempregado
Idade : 22
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Re: [Coliseu: Arena da Provação] — Atthos Corrigan EM Sex Abr 26, 2024 10:21 pm
Ψ — Falas do Atthos — Ψ "Pensamentos do Atthos" Ψ — Falas de outros personagens — Ψ
Doze anos. Já haviam se passado doze anos desde a primeira vez em que pisei em Divine Ground. Eu poderia me sentar aqui e dizer palavras doces e utópicas sobre essa “cidade maravilhosa”, mas a verdade é que eu nunca vou poder dizer isso; aqui não é o meu lugar. Nunca pertenci, não pertenço e jamais pertencerei. A ideia de uma sociedade unida em prol de um único fator é uma grande batota, e mais bitolado ainda é quem acredita na remota possibilidade disso acontecer.
Se todos os outros semideuses querem viver nesse mundo de fantasias, protegidos por muros e guardas de chumbo, iludidos de que sempre terão a proteção dos deuses, eu não me importo. Vivo no mundo real; sei o que existe lá fora, principalmente com os dentes de minha arma, uma lembrança de que não há paz ao ter o sangue divino correndo em suas veias. Se eles preferem viver dependentes da proteção de deuses egocêntricos e narcisistas, tudo bem. Prefiro viver dependente apenas de mim, e nada além.
Como se não bastasse confiar naqueles acima de nós, mortais, decidiram confiar em um legado que acha que pode trazer tal utopia para o cânion — sim, eu digo “decidiram” sem me incluir porque eu não votei em Pyotr Miliukova; eu nunca votaria em um homem populista como ele para me governar. Pouca coisa me tirava tão do sério quanto os seus partidários e as propagandas políticas espalhadas pela cidade, independente da época do ano em que eu passava ali.
E agora, toda a população enfrenta as consequências de suas próprias escolhas. O tal “enviado pelos deuses”, tomado por alguma motivação ainda desconhecida — e que pouco me importa — decidiu proclamar uma espécie de torneio, algo que até então não havia feito em seus primeiros mandatos. Graças ao homem e suas ações, a cidade parecia estar entrando em um clima não tão amistoso. Pelas ruas, presenciei uma briga ou outra envolvendo assuntos políticos, com defensores do prefeito e aqueles que o julgavam errado. De que lado eu estou? Eu já disse; do meu, e de nenhum outro. Que morram em suas batalhas idiotas, que se destruam e que o legado se foda.
Para a minha infelicidade, eu não tive muita escolha; enquanto eu lia o anúncio — assim como toda a cidade — representantes da prefeitura apareceram em minha porta.
Eu poderia ter só cagado para eles se não fosse o dinheiro em jogo. Agora, em troca de uma premiação gorda, estou aqui em uma sala fechada com diversos outros semideuses se preparando para seus confrontos. Nunca tive a vida mais badalada da cidade, e talvez por isso, eu não reconheci nenhum rosto; todos para mim eram estranhos. Enfrentar qualquer um ali não parecia ser um problema. Eu iria amassar quem quer fosse meu oponente.
— Aqui. — Levantei de supetão, caminhando em passos lentos e despretensiosos até a porta. Notei alguns olhares, sobretudo julgadores, provavelmente não me dando o devido valor. Faria questão de mostrar a cada um deles que estavam errados.
— Vamos logo com isso. — Segui em frente, os passos ecoando pelo corredor úmido e escuro, exceto pela saída. O som abafado de um grande público já se fazia presente em meus ouvidos.
— Tsc. — Cuspi no chão arenoso, girando o bracelete em meu braço antes de convidar finalmente o garoto “gentilmente”. — Nada pessoal, mas pode vir.
Em questão de segundos, o bracelete saltou de meu corpo, transformando-se mecanicamente em meu tridente de bronze celestial. Ainda no ar, peguei a arma com a minha mão dominante, já me prostrando em posição de guarda.
Em poucos segundos, Donnel cruzou todo o campo quase que numa velocidade irreal, desferindo um golpe de cima para baixo contra o meu corpo com sua espada de ferro estígio. Só consegui bloquear o seu golpe com a haste do meu tridente, colocando entre nós dois. O golpe fora forte o suficiente para me fazer recuar os meus próprios pés no chão arenoso do Coliseu.
Não tive direito de retrucar; apenas senti a explosão em forma de dor em meu joelho quando o garoto me acertou um chute direto, me fazendo cair de joelhos no chão.
— Já chega! — Gritei em resposta, impulsionando o meu próprio peso contra o tridente; isso fez com que o meu oponente finalmente recuasse. Quando me coloquei de pé, senti o joelho latejar em resposta a dor de seu golpe anterior, mas não me daria por derrotado… não mesmo. Já sofri dores piores do que essa. — Você que está achando que seria fácil. — Girei em meu próprio eixo brandindo o tridente em um ataque circular na altura de suas coxas, mas o desgraçado era muito veloz; ele se afastou em um pulo.
— Desgraçado! — O xinguei, e por um único segundo, me esqueci de que aquilo era para ser um “espetáculo”; apontando o dente central direto em seu peito, desferi o golpe com uma força que eu sabia perfeitamente que iria perfurá-lo. Ele iria morrer e eu iria quebrar a regra primordial daquele torneio.
Quase como um borrão, só consegui notar o brilho de sua espada em um tom avermelhado. Quando senti, já era um pouco tarde; as suas costas estavam coladas na minha, como se ele tivesse se teleportado para a minha traseira. Depois, a dor excruciante dos cortes. Ele havia acertado meu braço, pelo qual um filete de sangue já escorria. Depois do braço, a minha camisa na altura do diafragma estava rasgada por um golpe cortante, já encharcada com o meu próprio sangue.
— Q-quando… — Gemi em meio a dor, transtornado com o meu oponente.
Eu não sabia o que ele queria dizer, mas eu não tinha noção de como vencer alguém tão rápido quanto ele. Se eu ao menos pudesse retardá-lo… mas eu posso fazer isso.
— Você não vai me acertar mais. — Consegui dizer, a voz um pouco trêmula pelos ferimentos. O chão abaixo de nós dois começou a tremer ligeiramente, e eu sabia que ele também sentia isso. Ele só não sabia que já era tarde demais; em um instante, todo o campo de areia irrompeu em um gêiser de água, me levando para cima e empurrando o oponente para longe. A água começou a espalhar incessantemente pelo campo, inundando cada ponto que podia alcançar. O sorriso de Donnel havia desaparecido, dando espaço para um certo… medo.
— Agora são as minhas regras. — Esse era o meu domínio. Ele podia ser rápido em terra, mas não conseguiria ser tão rápido quanto eu em meio marítimo. Ele estava se debatendo contra a água que ainda era expelida pelo gêiser, lutando para conseguir nadar. Eu sentia o líquido tocar cada poro de meu corpo, mas ainda assim não me molhava; era uma escolha minha. A minha arma, em contrapartida, ao entrar em contato com a água, adquiriu um tom ainda mais brilhoso, como se gostasse daquela sensação. — E você perdeu. — Mergulhei contra a massa de água criada por mim, investindo contra Donnel em múltiplos ataques coordenados com o meu tridente. Primeiro, fiz questão de desferir dois golpes contra suas pernas, puxando cada lâmina dentada de meu tridente. Logo, a água em sua volta começou a se tingir de vermelho. Eu sabia que não podia matá-lo, mas nada me impedia de feri-lo para valer. Comandei para que a minha criação o “agarrasse”, levantando-o em uma altura o suficiente para que todos na arquibancada assistissem. Em seguida, parecidamente (mas bem mais amigável), a massa me ergueu. O meu tridente estava rente ao garoto que sentia a dor dos golpes em sua região inferior, mas ainda com espada em mãos.
— Não vai soltar? Deixe-me fazer as honras para você. — Da própria mão de água, um filete se desfez, tornando-se uma espécie de laço, contornando a lâmina. Bastou um “puxão” com a minha mão livre e o chicote fez o mesmo, arrancando a espada de sua mão. — Fim da linha. — A própria espada dele estava apontada contra a sua garganta, enquanto o meu tridente encostava em seu peito. Ele não tinha escolha.
No fim, eu havia sido exatamente aquilo que Pyotr queria; um palhaço de seu circo.
- adendos:
- arma levada:
- Nome do item: Gwendolyn
Descrição: Tridente recebido como reconhecimento pelo último teste de Lupa; trata-se de um armamento feito inteiramente de bronze celestial, medindo aproximadamente um metro e noventa e cinco centímetros. As lâminas laterais são dentadas, como se arremetesse a boca de um lobo. O dente central, por sua vez, é ligeiramente maior do que os outros dois. Se necessário, o armamento se torna um simples bracelete fino, da mesma tonalidade do bronze que compõe o tridente.
Material: Bronze Celestial
Efeito 1: As lâminas dentadas presentes nas pontas do tridente causam dano de sangramento ao perfurarem o inimigo (10 de dano por turno, com duração de três turnos).
Efeito 2: Não possui
Efeito 3: Não possui
Bônus de Forja: +30 de dano base, +10% de aptidão (que pode exceder o limite), uma ação curta extra utilizada exclusivamente para a arma.
Estado do item: Perfeito
Nível mínimo para manuseio: 1
Origem: Item inicial, reformado por Aletheia
- Poderes utilizados por Atthos:
- *Listarei apenas os poderes ativos.
5. Revolta Marítima
Descrição: Carro chefe do ramo, que permite o filho de Poseidon/Netuno inundar o campo de batalha e dominá-lo. A massa de água criada não é considerada um alvo válido de ataques, apesar de possuir pontos de vida, só podendo interagir e perder vida pela mecânica própria do poder. Caso um poder custe mais mana que a vida disponível na massa de água, a diferença é retirada da mana do semideus. A água não vaza para além do seu alcance, ficando presa ali como que impedida por uma barricada invisível (tornando possível inundar até mesmo espaços abertos).
Nível 3: Pagando 80 pontos de mana, o poder atinge proporções colossais ao ponto de criar um pequeno oceano que inunda até 30 metros ao redor do usuário ao ponto de não ser possível se mover por ela que não seja nadando. O dano base aumenta para 40 (e continua escalando com somente metade do bônus de dano por Natureza) e os pontos de vida base sobem para 120, podendo finalmente escalar com vida extra de invocação de até 5 pontos em Natureza. Enquanto a massa de água durar, extravasando com a energia canalizada do usuário, aqueles nadando nela (não pode excluir aliados, mas o usuário é imune) tem sua distância de locomoção por ação de movimento reduzida pela metade. Uma vez que a vida da massa de água caia para 80 ou menos, esse efeito de redução de velocidade cessa conforme o nível da água diminui.
7. Plasticidade de Fluxo
Descrição: Os filhos de Poseidon/Netuno que se especializam na manipulação de água são capazes de elevar o poder Cria do Deus dos Mares a um outro nível. Quando o fazem, atingem a Plasticidade de Fluxo, que os concede um controle quase absoluto sobre a forma que a água ao seu redor responde à sua vontade. Requer água próxima e para medir a chance de acerto desse poder considera-se o atributo natureza.Nível 2: No segundo nível, agora ao custo de 30 de mana, o semideus se torna capaz de manipular massa o suficiente para atingir até três pessoas (ele pode tanto reunir tudo em um ataque de área, ou manipular três massas menores do nível 1 individualmente), aumentando o dano para 30. Se usada defensivamente, possui área o suficiente para proteger até três humanos adultos um do lado do outro. Se usado como método de captura, a força máxima convertida aumenta para 4.
9. Rompe-Correnteza
Descrição: Habilidade ofensiva e imprevisível que torna o estilo ofensivo dos semideuses desse grupo ainda mais forte. Esse poder se beneficia de apenas metade de qualquer modificador de dano elemental, independente da origem (atributos, poderes, itens etc.).
Nível 1: Ao pagar 30 pontos de mana se tiver água próxima ou 50 para criá-la do nada, o semideus envolve o seu armamento (precisa ser um explicitamente ofensivo, como tridentes e espadas, não é válido armaduras e similares) com uma quantidade considerável de líquido, fazendo seus ataques com aquela arma causarem 10 de dano elemental adicional. Uma vez revestido, a água se mantém sobre o armamento até o fim do tópico ou até ser liberada; independente do caso, o poder entra em dois turnos de tempo de espera quando isso acontece.
13. Chuva de Cometas
Descrição: Sendo terremotos uma das esferas de poder de Poseidon/Netuno, seus filhos recebem uma parcela de tal autoridade que é o que os permitiu a criação de um estilo de combate único que usa os tremores para causar danos mais dramáticos quando golpeiam com seus corpos ou armamentos. Chuva de Cometas é uma manobra em que um ataque se torna vários conforme o braço do semideus vibra em um borrão antes dos múltiplos impactos.
Nível 1: Pagando 40 pontos de vigor, o semideus faz o seu próximo ataque armado ou desarmado atingir 2 vezes o seu alvo. O adversário rola defesa contra apenas o primeiro ataque, e se falhar toma o segundo sem chance de resposta. Golpes extras causam metade do dano que o ataque anterior causou após a redução de dano, mas não são calculados novamente por si. Esse poder tem um intervalo de dois turnos entre usos.
- Donnel Donald:
- - Filho de Hermes. Utilizou na luta uma espada de ferro estígio, e como poderes fez uso de Hiper Aceleração, Bruma, Marca da Morte e Explosão Cinética.
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Ocupação : Desempregado
Idade : 22
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Re: [Coliseu: Arena da Provação] — Atthos Corrigan EM Sáb Abr 27, 2024 10:41 am
Avaliação
Recompensa Máxima da tarefa: 7.000 XP
Recompensa Extra do Evento: 3.500 XP
Narratividade de Atthos Corrigan: 100/100
Recompensa Final: 10.500 pontos de experiência e 7.000 Concórdios.
Comentários
Caro semideus, é gratificante ver que você não poupa detalhes narrativos, o que para mim é um grande destaque a ser pontuado. É possível enxergar, além da abordagem direta referente ao que é proposto como tarefa (sem enrolações), um background completo. Alinha-se ao conteúdo as suas ações e reações para cada passagem, somando ao quesito de grande importância em um texto: não deixar um buraco aberto entre uma situação e outra.
É possível analisar também uma introdução limpa, sem encheção de linguíça para arquitetar um texto enorme, um meio bem desenvolvido e um final completo. A adição de um NPC é algo que, particularmente, também me agrada muito. Sabemos que alguns desafios são melhores de se combater em equipe, o que transpassa uma boa capacidade estratégica em resolver conflitos diretos da sua parte. A parte combativa trouxe um aspecto bem real da coisa toda, o que se saiu como mais um bônus para escalar a sua nota máxima!
Meus parabéns, herdeiro dos mares.
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