Divine
Ground


[Coliseu: Arena da Provação] — Atthos Corrigan

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Atthos Corrigan
Membro da prole de Netuno
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Arena da ProvaçãoTarefas
participantes: Atthos CorriganNeste tópico estarão reunidas as tarefas de Atthos Corrigan, considerando apenas aquelas que serão realizadas dentro da Arena.
Atthos Corrigan

Imagem A : [Coliseu: Arena da Provação] — Atthos Corrigan Thumb-1920-1338264
Ocupação : Desempregado
Idade : 22
   


Dados do Semideus
Atributos:
AtributosPontosPontos
ForçaForça• • •
DestrezaDestreza• • • • •
AgilidadeAgilidade• •
ConstituiçãoConstituição• • • • •
InteligênciaInteligência
CarismaCarisma
NaturezaNatureza• • • • •
MagiaMagia
EspiritualidadeEspiritualidade
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Atthos Corrigan
Membro da prole de Netuno
Idade
Ocupação
Nível
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ColiseuArena da Provação

Ψ — Falas do Atthos — Ψ "Pensamentos do Atthos" Ψ — Falas de outros personagens — Ψ

Doze anos. Já haviam se passado doze anos desde a primeira vez em que pisei em Divine Ground. Eu poderia me sentar aqui e dizer palavras doces e utópicas sobre essa “cidade maravilhosa”, mas a verdade é que eu nunca vou poder dizer isso; aqui não é o meu lugar. Nunca pertenci, não pertenço e jamais pertencerei. A ideia de uma sociedade unida em prol de um único fator é uma grande batota, e mais bitolado ainda é quem acredita na remota possibilidade disso acontecer.

Se todos os outros semideuses querem viver nesse mundo de fantasias, protegidos por muros e guardas de chumbo, iludidos de que sempre terão a proteção dos deuses, eu não me importo. Vivo no mundo real; sei o que existe lá fora, principalmente com os dentes de minha arma, uma lembrança de que não há paz ao ter o sangue divino correndo em suas veias. Se eles preferem viver dependentes da proteção de deuses egocêntricos e narcisistas, tudo bem. Prefiro viver dependente apenas de mim, e nada além.

Como se não bastasse confiar naqueles acima de nós, mortais, decidiram confiar em um legado que acha que pode trazer tal utopia para o cânion — sim, eu digo “decidiram” sem me incluir porque eu não votei em Pyotr Miliukova; eu nunca votaria em um homem populista como ele para me governar. Pouca coisa me tirava tão do sério quanto os seus partidários e as propagandas políticas espalhadas pela cidade, independente da época do ano em que eu passava ali.

E agora, toda a população enfrenta as consequências de suas próprias escolhas. O tal “enviado pelos deuses”, tomado por alguma motivação ainda desconhecida — e que pouco me importa — decidiu proclamar uma espécie de torneio, algo que até então não havia feito em seus primeiros mandatos. Graças ao homem e suas ações, a cidade parecia estar entrando em um clima não tão amistoso. Pelas ruas, presenciei uma briga ou outra envolvendo assuntos políticos, com defensores do prefeito e aqueles que o julgavam errado. De que lado eu estou? Eu já disse; do meu, e de nenhum outro. Que morram em suas batalhas idiotas, que se destruam e que o legado se foda.

Para a minha infelicidade, eu não tive muita escolha; enquanto eu lia o anúncio — assim como toda a cidade — representantes da prefeitura apareceram em minha porta.

O seu nome consta no primeiro dia dos embates. Deverá estar preparado às três horas da tarde. Atrasos não serão tolerados.

Eu poderia ter só cagado para eles se não fosse o dinheiro em jogo. Agora, em troca de uma premiação gorda, estou aqui em uma sala fechada com diversos outros semideuses se preparando para seus confrontos. Nunca tive a vida mais badalada da cidade, e talvez por isso, eu não reconheci nenhum rosto; todos para mim eram estranhos. Enfrentar qualquer um ali não parecia ser um problema. Eu iria amassar quem quer fosse meu oponente.

— Atthos Corrigan, filho de Netuno. — ⁣ O anunciador apareceu na porta que dava direto para os campos da arena, procurando pelo dono do nome que ele chamava. — É a próxima luta. Quem é Atthos?

— Aqui. — Levantei de supetão, caminhando em passos lentos e despretensiosos até a porta. Notei alguns olhares, sobretudo julgadores, provavelmente não me dando o devido valor. Faria questão de mostrar a cada um deles que estavam errados.

— Certo. Poderá levar apenas uma arma, está com ela aí? — Balancei o bracelete em meu punho, mostrando a ele que aquilo era o suficiente. —  Certo. O prefeito está de olho nos lutadores, então dê o melhor de si. — Após a sua breve explicação, o homem deu espaço para a abertura atrás dele; um marco feito com pedras irregulares, por onde se seguia um túnel curto com uma forte luz solar. Dali em diante, estava o Coliseu. Não tinha volta.

— Vamos logo com isso. — Segui em frente, os passos ecoando pelo corredor úmido e escuro, exceto pela saída. O som abafado de um grande público já se fazia presente em meus ouvidos.

”... e de nossa esquerda, Athos Corrigan, filho de Netuno!” Quando coloquei o primeiro pé na arena, um homem no alto de uma das arquibancadas estava gritando com o microfone em mãos, atuando como um narrador. O público urrou em gritos e palmas, entretidos com a batalha que estava para começar… idiotas. Como podiam aceitar tão facilmente uma situação como aquela? Aceitavam tão fácil a ideia de serem usados por um prefeito que pouco se importam com a política pão e circo adotada por ele — e eu fazia parte do próprio circo; não estava em uma boa posição para criticá-los.

”E de nossa direita, Donnel Donald, o filho de Hermes!” Acompanhei o arco que ele desenhou com a mão ao apontar para a outra extremidade. Precisei apertar um pouco os olhos para avistar a figura de um garoto tão magricela quanto eu, dono de olhos verdes que me encaravam com uma certa sede; era um indicativo de que ele estava pronto para aquela luta e não iria parar. Claro, a espada escura que ele carregava em sua mão esquerda também era um sinal óbvio disso.

— Tsc. — Cuspi no chão arenoso, girando o bracelete em meu braço antes de convidar finalmente o garoto “gentilmente”. — Nada pessoal, mas pode vir.

Em questão de segundos, o bracelete saltou de meu corpo, transformando-se mecanicamente em meu tridente de bronze celestial. Ainda no ar, peguei a arma com a minha mão dominante, já me prostrando em posição de guarda.

— Uma boa luta, peixinho. — A voz calma e divertida do filho do mensageiro me fez ficar um pouco em alerta, já que eu não o conhecia e tampouco conhecia suas habilidades, mas isso seria por pouco tempo; de repente, a sua imagem pareceu ficar translucida, como se ele fosse feito de holograma. Era apenas um truque de imagem por conta da velocidade que ele verdadeiramente escondia; se não fosse pelos meus reflexos semidivinos, eu já estaria no chão naquele exato momento.

Em poucos segundos, Donnel cruzou todo o campo quase que numa velocidade irreal, desferindo um golpe de cima para baixo contra o meu corpo com sua espada de ferro estígio. Só consegui bloquear o seu golpe com a haste do meu tridente, colocando entre nós dois. O golpe fora forte o suficiente para me fazer recuar os meus próprios pés no chão arenoso do Coliseu.

— O que foi? — Donnel perguntou, os cachos castanhos caindo angelicalmente em frente aos seus olhos enquanto ele inclinava a cabeça para me olhar melhor. — Achou que seria fácil? Achou errado.

Não tive direito de retrucar; apenas senti a explosão em forma de dor em meu joelho quando o garoto me acertou um chute direto, me fazendo cair de joelhos no chão.

”E Donnel está levando a melhor!” A narração ecoou por toda a arena, servindo apenas para inflar mais ainda o sentimento negativo que crescia em mim. ”A luta mal começou e parece que já temos um vencedor! O filho de Netuno sequer existiu até agora!”

— Já chega! — Gritei em resposta, impulsionando o meu próprio peso contra o tridente; isso fez com que o meu oponente finalmente recuasse. Quando me coloquei de pé, senti o joelho latejar em resposta a dor de seu golpe anterior, mas não me daria por derrotado… não mesmo. Já sofri dores piores do que essa. Você que está achando que seria fácil. — Girei em meu próprio eixo brandindo o tridente em um ataque circular na altura de suas coxas, mas o desgraçado era muito veloz; ele se afastou em um pulo.

— Ops… tente de novo. Ele estava brincando comigo. Apertei com força a haste do tridente, os olhos fixos no semideus rival. Não satisfeito, tentei atacá-lo mais uma vez; girei o tridente de novo, tentando golpeá-lo na altura do tórax, mas ele apenas se curvou. Outro golpe, e outra esquiva. A cada avanço, ele somente desviava o curso de seu corpo, o maldito sorriso ainda estampado em seu rosto.

— Desgraçado! — O xinguei, e por um único segundo, me esqueci de que aquilo era para ser um “espetáculo”; apontando o dente central direto em seu peito, desferi o golpe com uma força que eu sabia perfeitamente que iria perfurá-lo. Ele iria morrer e eu iria quebrar a regra primordial daquele torneio.

— Olha a boca… sua mãe não te ensinou ser feio xingar? — Tão rápido quanto meu golpe, ele travou o caminho com a sua espada, colocando-a entre o dente central e o esquerdo de meu tridente. Recuei, assustado com o quão rápido aquele garoto podia ser. — Vou te ensinar no lugar dela, bobão.

Quase como um borrão, só consegui notar o brilho de sua espada em um tom avermelhado. Quando senti, já era um pouco tarde; as suas costas estavam coladas na minha, como se ele tivesse se teleportado para a minha traseira. Depois, a dor excruciante dos cortes. Ele havia acertado meu braço, pelo qual um filete de sangue já escorria. Depois do braço, a minha camisa na altura do diafragma estava rasgada por um golpe cortante, já encharcada com o meu próprio sangue.

— Q-quando… — Gemi em meio a dor, transtornado com o meu oponente.

”Mas o que é aquilo?!” O clima de todo o Coliseu era de apreensão, exceto pelo narrador. ”Uma caveira apareceu acima da cabeça do Atthos! O que o garoto de Hermes está planejando?!”

— Essa é a marca da morte. — Ele disse calmamente, as costas ainda colada na minha. — Dois golpes. Lhe darei mais dois golpes e ela se encarregará do resto.

Eu não sabia o que ele queria dizer, mas eu não tinha noção de como vencer alguém tão rápido quanto ele. Se eu ao menos pudesse retardá-lo… mas eu posso fazer isso.

— Você não vai me acertar mais. — Consegui dizer, a voz um pouco trêmula pelos ferimentos. O chão abaixo de nós dois começou a tremer ligeiramente, e eu sabia que ele também sentia isso. Ele só não sabia que já era tarde demais; em um instante, todo o campo de areia irrompeu em um gêiser de água, me levando para cima e empurrando o oponente para longe. A água começou a espalhar incessantemente pelo campo, inundando cada ponto que podia alcançar. O sorriso de Donnel havia desaparecido, dando espaço para um certo… medo.

— Agora são as minhas regras. — Esse era o meu domínio. Ele podia ser rápido em terra, mas não conseguiria ser tão rápido quanto eu em meio marítimo. Ele estava se debatendo contra a água que ainda era expelida pelo gêiser, lutando para conseguir nadar. Eu sentia o líquido tocar cada poro de meu corpo, mas ainda assim não me molhava; era uma escolha minha. A minha arma, em contrapartida, ao entrar em contato com a água, adquiriu um tom ainda mais brilhoso, como se gostasse daquela sensação. — E você perdeu. — Mergulhei contra a massa de água criada por mim, investindo contra Donnel em múltiplos ataques coordenados com o meu tridente. Primeiro, fiz questão de desferir dois golpes contra suas pernas, puxando cada lâmina dentada de meu tridente. Logo, a água em sua volta começou a se tingir de vermelho. Eu sabia que não podia matá-lo, mas nada me impedia de feri-lo para valer. Comandei para que a minha criação o “agarrasse”, levantando-o em uma altura o suficiente para que todos na arquibancada assistissem. Em seguida, parecidamente (mas bem mais amigável), a massa me ergueu. O meu tridente estava rente ao garoto que sentia a dor dos golpes em sua região inferior, mas ainda com espada em mãos.

— Não vai soltar? Deixe-me fazer as honras para você. — Da própria mão de água, um filete se desfez, tornando-se uma espécie de laço, contornando a lâmina. Bastou um “puxão” com a minha mão livre e o chicote fez o mesmo, arrancando a espada de sua mão. — Fim da linha. — A própria espada dele estava apontada contra a sua garganta, enquanto o meu tridente encostava em seu peito. Ele não tinha escolha.

— Acabou! — Do alto, um homem mais velho veio em um rasante com asas brancas, parando do meu lado. Era o juiz. — A vitória é de Atthos Corrigan, filho de Netuno! — Todo o Coliseu explodiu em salvas e aplausos.

No fim, eu havia sido exatamente aquilo que Pyotr queria; um palhaço de seu circo.

adendos:



Atthos Corrigan

Imagem A : [Coliseu: Arena da Provação] — Atthos Corrigan Thumb-1920-1338264
Ocupação : Desempregado
Idade : 22
   


Dados do Semideus
Atributos:
AtributosPontosPontos
ForçaForça• • •
DestrezaDestreza• • • • •
AgilidadeAgilidade• •
ConstituiçãoConstituição• • • • •
InteligênciaInteligência
CarismaCarisma
NaturezaNatureza• • • • •
MagiaMagia
EspiritualidadeEspiritualidade
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Métis
Deuses
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Avaliação



Recompensa Máxima da tarefa: 7.000 XP
Recompensa Extra do Evento: 3.500 XP

Narratividade de Atthos Corrigan: 100/100
Recompensa Final: 10.500 pontos de experiência e 7.000 Concórdios.


Comentários



Caro semideus, é gratificante ver que você não poupa detalhes narrativos, o que para mim é um grande destaque a ser pontuado. É possível enxergar, além da abordagem direta referente ao que é proposto como tarefa (sem enrolações), um background completo. Alinha-se ao conteúdo as suas ações e reações para cada passagem, somando ao quesito de grande importância em um texto: não deixar um buraco aberto entre uma situação e outra.

É possível analisar também uma introdução limpa, sem encheção de linguíça para arquitetar um texto enorme, um meio bem desenvolvido e um final completo. A adição de um NPC é algo que, particularmente, também me agrada muito. Sabemos que alguns desafios são melhores de se combater em equipe, o que transpassa uma boa capacidade estratégica em resolver conflitos diretos da sua parte. A parte combativa trouxe um aspecto bem real da coisa toda, o que se saiu como mais um bônus para escalar a sua nota máxima!

Meus parabéns, herdeiro dos mares.

Métis

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