Divine
Ground


[Tarefas: Arena da Provação] — Theo Schaeffer

Imagem A
Theo Schaeffer
Membro da prole de Poseidon
Idade
Ocupação
Nível
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Tarefas
"arena da provação"
Área destinada às tarefas de Theo K. Schaeffer, como parte do evento "Arena da Provação".
「R」


Can't stop starin' at those ocean eyes. Burning cities and napalm skies, fifteen flares inside those ocean eyestheo
Theo Schaeffer

Imagem A : [Tarefas: Arena da Provação] — Theo Schaeffer IlVLTzG
Ocupação : Desempregado
Idade : 18
   


Dados do Semideus
Atributos:
AtributosPontosPontos
ForçaForça• • • •
DestrezaDestreza• • •
AgilidadeAgilidade• •
ConstituiçãoConstituição• • •
InteligênciaInteligência
CarismaCarisma
NaturezaNatureza• • • • •
MagiaMagia• • •
EspiritualidadeEspiritualidade
Imagem A
Theo Schaeffer
Membro da prole de Poseidon
Idade
Ocupação
Nível
Imagem B



I'm like the water

when your ship rolled in that night


Tarefa:


Quando menor, eu detestava as aulas obrigatórias de Estudos Antigos no Abrigo dos Deuses. Algumas vezes, chegava a tentar escapar das longas sessões de leitura sobre os debates na Ágora ateniense ou o direito romano, o que despertava a fúria dos diretores ao desafiar sua autoridade e, de certa forma, alimentava ainda mais meu ímpeto de rebeldia. Paradoxalmente, algumas passagens me chamavam a atenção por seu conteúdo atemporal, como se pudessem ser perfeitamente aplicadas nos dias atuais. Uma delas ecoava incessantemente na minha mente nas últimas semanas, como uma denúncia inconsciente do que estava acontecendo na cidade.

"Até quando, Catilina, abusarás da nossa paciência? Por quanto tempo a tua loucura há de zombar de nós?". Cícero havia alegadamente proferido aquele discurso ao Senado Romano ao denunciar as intenções egoístas de Catilina, no início dos últimos anos da República. Como tal, as obrigações absurdas e regras humilhantes impostas pelo prefeito Miliukova traziam um sentimento semelhante, e culminavam naquele evento no Coliseu, uma grande exibição institucionalizada da nossa condição, como animais presos em um zoológico, com uma sensação falsa de liberdade.

A diferença era que, diferente de Catilina, Miliukova já estava no poder, o que o tornava ainda mais perigoso. Começava a me perguntar se os revolucionários e seu exército clandestino estavam tão errados assim.

E, ainda assim, eu estava ali. Atravessei os grandes portais da arena com certa hesitação, me dirigindo ao local de registros para confirmar a participação na competição. Uma das poucas coisas voluntárias que restaram naqueles dias, e talvez apenas por isso eu tenha cogitado participar. Dali, a lotação do Coliseu fazia meu estômago arder. Semideuses carregavam baldes de aperitivos e cartões de apostas, alguns gargalhavam e apontavam na direção dos guerreiras. Como se fosse um maldito circo.

Girei o anel ao redor do dedo, quando costumava fazer quando estava apreensivo. No fundo, talvez esperasse que meu pai fosse perceber, de alguma forma. "Uma hora dessas, ele deve estar jogando baralho com um tubarão-martelo" — Pensei. Nem mesmo sabia com certeza por que estava ali. Não me importava com o que o prefeito pensava, muito menos com a competição absurda. Talvez fosse apenas fruto de uma necessidade inconsciente de me provar para alguém, ou para mim mesmo. Me levantei subitamente ao ouvir os aplausos, indicando que o última participante havia finalizado seu desafio. "Bom, agora não tem mais pra onde correr."

(...)


Respirei fundo, tentando ignorar o fato de que estava sendo encarado por uma multidão de semideuses ao chegar ao centro da arena, enquanto esperava o sinal que indicaria o início da luta. "Ótimo, se inspiraram no deserto do Saara. Maravilha!" — Pensei, analisando o terreno ao meu redor. Era basicamente um grande campo de terra, plano e seco, separado do andar inferior da plateia por barricadas e com apenas duas aberturas para os concorrentes, uma de cada lado. Não havia nada em seu interior, nenhuma estrutura que pudesse usar como apoio ou esconderijo, deixando claro que o objetivo era apenas um: testar as habilidades de luta, e nada mais. Pior ainda, para mim. Não havia água. Se eu quisesse, teria que trazê-la por conta própria.

Levei o polegar até o anel em meu dedo, assumindo uma posição de guarda à medida que, para minha surpresa, uma silhueta humana tornava-se visível caminhando em direção à arena. "Não é possível… da última vez que havia checado, eu ia lutar contra um monstro" — Pensei, franzindo o cenho quando os cabelos ruivos e olhos amarelados saíram da escuridão. Por algum motivo que eu não conseguia explicar, estava simplesmente distraído demais para sequer lembrar de ativar meu tridente. Ela tinha um sorriso magnético e malicioso, como se, no fundo, soubesse que me teria em suas mãos em poucos minutos, e imediatamente me senti como um completo idiota. Talvez estivesse tão ocupado notando sua beleza que ignorei completamente as pernas destoantes do resto do corpo, uma de metal e outra de bode. Uma empousa.

A garota-monstro riu, piscando na minha direção e lançando um beijo no ar. Talvez tenha sido uma grande quebra de expectativas para a plateia, já que, por mais esquisito que pudesse parecer, eu apenas comecei a andar em sua direção como um bobo. Eu sabia o que estava fazendo, tinha plena noção que basicamente caminhava em direção a um precipício, mas era como se minha mente não obedecesse mais à razão. Apenas queria chegar mais perto dela, enquanto a criatura continuava sua risada sarcástica. Sem perceber, quando cheguei perto o suficiente, a empousa abriu a boca e revelou as presas pontiagudas, abocanhando meu ombro esquerdo como um felino ataca sua presa.

O lado bom era que a dor de seus dentes rasgando o músculo tinha sido suficiente para me despertar do transe, me permitindo dobrar o joelho contra o seu estômago, ao mesmo tempo em que investi o punho fechado do braço livre contra seu rosto, obrigando-a a me largar e afastando-a em alguns centímetros. O lado ruim era que agora metade da minha camisa estava ensopada de sangue e provavelmente estava parecendo um grande idiota na frente da multidão. Trinquei os dentes e, finalmente, girei o anel em meu dedo, ativando o tridente e apertando os dedos ao redor do cabo.

— Sua mãe não te ensinou que não se bate em garotas? — A criatura provocou, com um sorriso dissimulado enquanto fazia um biquinho dramático.

— Na verdade não. E da última vez que eu vi, garotas não tinham essa perna peluda de bode aí. — A empousa mudou de expressão, irritada pelo meu comentário, e ergueu as garras de ambas as mãos, investindo na minha direção.

Coloquei a haste do tridente à frente do corpo, bloqueando o ataque do monstro, que tentou atingir minha barriga com a perna mecânica. Esquivei ao girar para o lado e avancei a contraponta da lança em direção ao seu flanco, rasgando a pele em profundidade moderada e tingindo o chão com a mistura de ambos os sangues. Em resposta, a empousa ergueu as garras da mão direita contra o meu peito, mais rápida do que eu imaginava. Tentei repetir o bloqueio anterior, mas fui atrapalhado pela dor e lentidão do ombro ferido. Cambaleei para trás, vendo os fios de sangue mancharem a camisa.

A empousa utilizou o momento em seu favor para atacar novamente, mostrando as presas monstruosas e atacando à minha esquerda na direção do pescoço, aproveitando-se do braço lesionado. Sabendo que talvez não conseguisse bloquear com força suficiente, girei para o lado fazendo-a morder o ar. Girei o tridente nas minhas mãos, investindo na direção do monstro em um contra-ataque que teria sido certeiro, se ela não tivesse, para minha surpresa, desaparecido em uma nuvem de fogo.

Confuso, demorei alguns segundos para perceber o que tinha acontecido. Antes que eu pudesse procurar o monstro ao meu redor, senti a queimação de suas garras nas minhas costas e me virei rapidamente, com alguma dificuldade para manter o equilíbrio. Ao encará-la, percebi o sorriso esguio enquanto colocava na boca as unhas ensopadas pelo meu sangue.

— Se você tava querendo que eu tirasse a camisa, era só falar, amorzinho. — Apertei a arma entre os meus dedos, tentando ignorar a dor. A empousa tentou bloquear ao erguer os braços na caminho da haste do tridente, mas aproveitei que ela baixou a guarda sobre o tronco para desferir um chute contra sua pelve. Ao afastá-la, me liberei do seu bloqueio, completando o movimento e cortando seu peito em três ferimentos listrados.

O monstro ignorou o sangue, ou o que que aquilo fosse, escorrendo de seu busto e agarrou meu braço ferido, me arrastando para frente enquanto arrancava um grito de dor pela distensão do ombro machucado. Tentei atacá-la com o tridente, mas o posicionamento estava prejudicado e acabei derrubando a arma alguns metros à minha frente. Ela se jogou contra o meu corpo, derrubando nós dois ao chão e rolando para frente. Quando paramos, ela estava por cima, sorrindo de forma que suas presas ficassem evidentes.

— Se você fosse um bom garoto, poderíamos aproveitar muito essa posição. —  Ela sussurrou, de forma que apenas eu pudesse ouvir, e gargalhou de forma maléfica em seguida. Abriu ainda mais a boca e investiu contra o meu rosto, mas consegui livrar meus braços e agarrei seu pescoço com a mão direita, impedindo que ela me alcançasse e possivelmente arrancasse meu rosto fora.

— Desculpa. Eu jogo pro outro time, querida. — Invoquei uma massa d'água, que jorrou do chão como um chafariz sob meu corpo e derrubou o monstro, concentrando-se na sua direção.

A correnteza se espalhou em todas as direções, arrastando a empousa em poucos metros. Ela tentou se agarrar na terra molhada e utilizar seu poder novamente para escapar, mas as chamas simplesmente se apagaram ao imediato contato com a água, impedindo que se movimentasse. Manipulei a massa para que uma corrente trouxesse o tridente de volta até mim e, em seguida, ergui uma coluna de líquido como um redemoinho, dobrando-a na direção do monstro e atingindo-o com o máximo de força que consegui. A oponente foi empurrada para a lateral da arena e, quando o corpo chocou-se contra o chão, saiu rolando para trás.

A empousa se apoiou sobre as próprias mãos, levantando-se com dificuldade enquanto eu me aproximava a passos rápidos, bufando. Talvez eu tenha sido um pouco autoconfiante demais, já que, sem perceber, acabei caindo em seu truque novamente. Ainda de joelhos, ela lançou um novo beijo na minha direção. Continuei me aproximando, mas, contra minha vontade, já não tinha o mesmo lampejo de raiva. "Que inferno. Tô esquecendo que sou gay, por acaso?" — Pensei, aumentando a velocidade em sua direção, até estar próximo o suficiente para que ela atacasse novamente, dessa vez abocanhando minha perna.

Após a mordida, enquanto eu me recuperava do efeito do seu charme, a empousa tentou se afastar, mas juntei minhas forças para investir para frente com a perna sadia e agarrar seus cabelos, arrastando-a para trás. Ergui o tridente na sua direção, rasgando a base da sua nuca e duplicando o movimento com minha habilidade de Chuva de Cometas. Ela caiu no chão e tentou se arrastar para frente, mas pisei em suas costas, impedindo que se movimentasse.

— Quem vai aproveitar a posição agora? — Me abaixei e sussurrei, próxima de sua cabeça. Quando voltei a me erguer, finquei as pontas do tridente em seu tronco, utilizando a Fúria de Poseidon para aumentar o poder do ataque, e observei enquanto se desfazia em pó.

Olhei para cima, na direção da cabine do prefeito, enquanto ouvia os gritos ao meu redor, sem entender exatamente o que a multidão falava. Não era possível vê-lo, exatamente, mas a maneira banal como tratava tudo aquilo me deixava ainda mais irado. Não fossem as dezenas de seguranças ao redor, talvez eu cedesse ao ímpeto de apenas atirar o tridente naquela direção. Senti a respiração pesar e a arma voltou à sua forma de anel enquanto eu dava as costas, retornando à área de concentração.

Informações:


Arena + w/ NPC + #01




Can't stop starin' at those ocean eyes. Burning cities and napalm skies, fifteen flares inside those ocean eyestheo
Theo Schaeffer

Imagem A : [Tarefas: Arena da Provação] — Theo Schaeffer IlVLTzG
Ocupação : Desempregado
Idade : 18
   


Dados do Semideus
Atributos:
AtributosPontosPontos
ForçaForça• • • •
DestrezaDestreza• • •
AgilidadeAgilidade• •
ConstituiçãoConstituição• • •
InteligênciaInteligência
CarismaCarisma
NaturezaNatureza• • • • •
MagiaMagia• • •
EspiritualidadeEspiritualidade
Imagem A
Tânatos
Deuses
Idade
Ocupação
Nível
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Avaliação



Recompensa Máxima do MVP: 7.000 XP
Recompensa Extra do Evento: 3.500 XP

Narratividade de Theo: 100/100
Recompensa Final: 10.500 XP e 3.000  Concórdios


Comentários

Sua tarefa foi divertida de ler, a personalidade de Theo ajudou bastante a tornar o texto fluido e tornou as cenas de ação ainda mais dinâmicas, algo que devo elogiar. A descrição dos movimentos foi realista, eu pude imaginar cada cena do combate sem dificuldade e acompanhar perfeitamente o que estava acontecendo. Eu gostei da escolha de oponente e também de como você utilizou as habilidades da empousa ao máximo, tornando o combate em algo desafiador para seu personagem.  Assim sendo, tenho apenas elogios para oferecer hoje, além de um lembrete: Pyotr está te observando. Sua performance foi o suficiente para impressionar o prefeito?

Tânatos

   

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